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Representantes do poder legislativo nem sempre ou raramente representam a vontade da maioria dos eleitores

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Neste domingo, 2, mais de 100 milhões de brasileiros vão às urnas para votar em presidente, governador, senadores, deputados federais e deputados estaduais. Há meses nos mobilizamos para este dia, com campanhas nas ruas e nas redes sociais. O país majoritariamente se dividiu entre o “verde e amarelo” e o “vermelho”, cores que representam seus posicionamentos ideológicos.

A democracia brasileira tem suas peculiaridades, começando pela distribuição dos senadores em que cada estado e o Distrito Federal possuem três senadores com mandato de oito anos observando que no ano de 2022 serão eleitos 27 senadores compondo um terço do Senado. Depois vem a questão dos deputados federais, pois a Constituição Federal de 1988 determina um mínimo de oito e máximo de 70 deputados federais por Estado. Essas questões representam uma desproporcionalidade numérica, em que o voto de um cidadão de um Estado mais populoso tem menor valor que o voto de um estado menor. Santa Catarina precisa reunir aproximadamente 450 mil votos para cada deputado federal, já Roraima 75 mil, a disparidade aumenta ainda mais se incluirmos o Estado de São Paulo. Se for contar o Senado, a desproporção numérica é absurdamente maior.

Diferente da eleição para presidente, governadores e senadores, a eleição para deputados passa pelo quociente eleitoral. Uma conta de matemática que existe, pois mandatos para deputados (e também os vereadores) em tese não pertencem ao candidato e sim ao partido. Dessa forma vemos casos de candidatos peculiares que os partidos colocam apenas para juntar alguns votinhos importantes a exemplo do que vemos em nossa região e os candidatos puxadores de votos, que se elegem com grandes votações e acabam elegendo outros deputados com votações menores. Um exemplo bem famoso é o palhaço Tiririca que se elegeu e puxou outros três deputados federais com votações menores.

É possível deduzir que os representantes do poder legislativo nem sempre ou raramente representam a vontade da maioria dos eleitores. O que implica diretamente no conceito de democracia, que deveria ser o poder do povo.  Ainda mais em um modelo como o brasileiro, que centraliza o poder na esfera federal, deixando o povo ainda mais distante das decisões que impactam diretamente em suas vidas.

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