Série que conquistou o público quase passou da hora de acabar
A quarta e última temporada de Sex Education concluiu a história na hora certa, quase passando da hora, na verdade. Felizmente, os idealizadores da série não esticaram uma história que já estava saturada. Irregular, cansativa em determinados episódios, a quarta temporada encerrou a história com um desfecho satisfatório.
Quando falo “cansativo” me refiro ao exagerado enfoque no velório e enterro da mãe de Maeve (Emma Mackey) que, afinal, passou a temporada inteira naquele chove não molha com Otis (Asa Butterfield), fazendo a história retornar para o vai e volta da primeira temporada.
O que a série tem de melhor e que seguiu sendo bem abordado foram as questões sexuais tratadas de modo leve e divertido, indo de uma exposição involuntária e constrangedora de um pênis ao uso de vibrador por uma mãe de família. Foram o ponto alto da quarta temporada.
De modo geral, analisando as quatro temporadas, Sex Education cumpriu sua missão de tratar sexo como parte intrínseca da vida, que bem por isso não deve ser tratado como assunto proibido, cheio de tabus e preconceitos. Em tempos de tanto obscurantismo, com uma horda de fundamentalistas pregando que a única fonte para se conhecer o sexo tem de ser papai e mamãe (se eles não abordarem o assunto com os filhos, paciência, o destino assim quis), a série vem muito a calhar.
