Apenas o Novo abriu mão do dinheiro
Com R$ 4,9 bilhões reservados no Orçamento, o fundo eleitoral deverá pagar mais de R$ 770 milhões a um único partido: o União Brasil, fusão entre PSL e DEM formalizada este ano.
Diferentemente do fundo partidário, que é pago todo ano às agremiações em parcelas mensais, o fundo eleitoral existe apenas em anos de disputa nas urnas. O recurso foi criado por lei em 2017, dois anos após o Supremo Tribunal Federal (STF) proibir doações de empresas para campanhas. O Congresso aprovou, em dezembro do ano passado, a destinação de R$ 5,7 bilhões para o fundo eleitoral de 2022. Com maioria na Câmara e no Senado, os congressistas derrubaram um veto do presidente Jair Bolsonaro (PL), que havia proposto um valor de R$ 2,1 bilhões.
Ainda no fim do ano passado, o Congresso reduziu a verba para R$ 4,9 bilhões e confirmou a destinação deste valor no Orçamento de 2022. Mesmo com o recuo, esta é a cifra mais alta já determinada para o recurso, que deve ser distribuído em junho a partidos e candidatos.
Apenas o Novo abriu mão do fundo.
Veja quanto cada partido vai receber:
- União Brasil – R$ 770 milhões
- PT – R$ 484,6 milhões
- MDB – R$ 356,7 milhões
- PP – R$ 338,5 milhões
- PSD – R$ 334,1 milhões
- PSDB – R$ 314 milhões
- PL – R$ 283,2 milhões
- PSB – R$ 263,6 milhões
- PDT – R$ 248,4 milhões
- Republicanos – R$ 242 milhões
- Podemos – R$ 187,6 milhões
- PTB – R$ 112,2 milhões
- Solidariedade – R$ 110,7 milhões
- PSOL – R$ 97,5 milhões
- Pros – R$ 89,1 milhões
- Novo – R$ 87,7 milhões
- Cidadania – R$ 86,2 milhões
- Patriota – R$ 84,2 milhões
- PSC – R$ 79,8 milhões
- PCdoB – R$ 74,4 milhões
- Rede – R$ 68,1 milhões
- Avante – R$ 67,6 milhões
- PV – R$ 49 milhões
- PTC – R$ 22,5 milhões
- PMN – R$ 13,7 milhões
- DC – R$ 9,3 milhões
- PCB – R$ 2,9 milhões
- PCO – R$ 2,9 milhões
- PMB – R$ 2,9 milhões
- PRTB – R$ 2,9 milhões
- PSTU – R$ 2,9 milhões
- UP – R$ 2,9 milhões