domingo, 28

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abril

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2024

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Reflexões sobre a Cultura que nos rodeia*

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Uma homenagem aos nove anos da Academia de Letras do Brasil – Canoinhas

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A Academia de Letras do Brasil – Canoinhas tem por objetivo a difusão da cultura e o incentivo às letras e às artes.

E hoje, podemos debulhar nossa alma diante dos que apreciam a arte, diante dos que apreciam a cultura.

Estávamos em plena pandemia do coronavírus quando aceitamos — meus colegas de Diretoria, do Conselho Fiscal e eu — colocarmos em nossos ombros o futuro caminho de nossa agremiação literária.

Pouco fizemos nestes três anos.

Apenas em 2022 reiniciamos nossas Sessões Solenes presenciais.

O plano de promovemos Concursos Literários entre os estudantes de todas as áreas dos municípios que congregam a nossa região ficou apenas em nossa imaginação e no papel.

Mesmo assim 2022 foi um ano cheio de realizações literárias.

Na Sessão Solene comemorativa de nosso oitavo aniversário relembramos os membros que perdemos pelo caminho. Uma homenagem póstuma à Imortal Acadêmica Sinira Dâmaso Ribas e aos Imortais Acadêmicos Ederson Luiz Matos Mota e Francisco Péricles Pazda.

Lançamos o edital para o ingresso de novos membros que foram empossados na Sessão Solene realizada em dois de setembro.

E em novembro realizamos a outorga da Comenda “Ouro Verde”, nosso último evento público do ano passado.

Lançamos neste ano o Concurso Literário Estudantil que está envolvendo todas as escolas de ensino médio e fundamental dos municípios de nossa área de abrangência.

Concursos que desde 2019 estavam a embrionar. Concursos em que poesias, crônicas e contos afloram em mentes jovens e ávidas pelo novo.

Marcados ficaram também os nossos FELIES — Festivais Literários Estudantis.

Estas promoções artísticas e literárias entre os estudantes são marcadas pela participação e descoberta de novos e preciosos talentos, certamente futuros membros de nossa Academia de Letras.

Muitos talentos mais poderiam, nos dias de hoje se apresentarem nos palcos e nos parques de nossa cidade se a Cultura, como um todo, fosse mais bem aquinhoada pelo público poder.

Enquanto estas crianças e jovens se encontram nos oásis — as escolas onde estudam —, abrigadas sob a sombra das palmeiras ou sorvendo a fresca e cristalina água das vertentes subterrâneas — água e sombra que emanam da fonte inesgotável de seus mestres —, crescem dentro delas a avidez pela cultura em seu todo.

Quando finda o seu tempo nestes oásis de saber defrontam-se com o árido deserto sem fim.

Deserto que era a falta do incentivo às artes que vimos rolar anos após ano.

Temos esperanças de que as novas gestões públicas olhem mais atentamente para a arte literária e para a cultura como um todo.

Esperanças vislumbradas já com a cessão, pela Prefeitura Municipal de Canoinhas, através do Gestor da Fundação Cultural, vice-prefeito Marcos Antônio Kucarz de uma sala para sede de nossa Academia de Letras do Brasil – Canoinhas no Museu Mário Rodrigues de Aguiar situado no local em que ficava a Estação Ferroviária de Marcílio Dias.

E pela sua presença em nossa Sessão Solene.

Raros são os que conseguem ultrapassá-lo e vencê-lo.

O pouco valor que os entes públicos e a mídia têm dado à cultura só faz aumentar a extensão deste deserto onde talentos fenecem sob o causticante sol da falta de incentivos.

Contamos, em realidade, com três setores a incentivarem a cultura.

Além do poder público, há o poder privado e o quase despercebido terceiro setor — as Organizações Não Governamentais— que na sombra e na surdina é o verdadeiro manancial a melhorar a vida, a educação e a cultura de um povo.

Imaginem a nossa cidade com músicos a entoar melodias por todos os cantos.

Imaginem uma concha acústica em nossa praça — ou em encantados e ermos locais, como a chamada cascalheira localizada na estrada Wendolin Metzger, via que liga Canoinhas à Universidade do Contestado, em Marcílio Dias —,   a abrigar uma orquestra filarmônica formada apenas por talentos locais.

 Imaginem salas de exposições repletas de esculturas, gravuras, pinturas a atrair pessoas de todas as partes para vê-las, aplaudi-las e adquiri-las.

Imaginem um palco, com nossa gente apresentando peças teatrais de escol.

Investir em cultura, investir nas artes de um povo é a certeza de uma cidade pujante, de uma cidade que aglutinará milhares de pessoas ávidas para conhecer, ver e ouvir tudo o que de belo e bom nela se faz.

E todos lucrariam.

Hotéis e restaurantes repletos.

E toda uma gama que a tudo isto envolveria.

Até quando dormiremos apenas sonhando com tudo isto?

Até quando assistiremos o fenecer de tantos talentos após seu débil desabrochar?

Resta a esperança de que, em breve tempo, os novos gestores da coisa pública que já estão a abrir seus olhos e seus ouvidos possam destinar maiores recursos para a cultura de nossa terra.

Imaginem se tivéssemos centenas de jovens pelos palcos e parques da vida a apresentar a sua arte.

No entardecer do último sábado de maio, no Centro de Eventos do Complexo Turístico e Cultural de Marcílio Dias comemoramos os nove anos de nossa vida literária unidos em uma Academia.

Somos poucos ainda. Mas unidos muito realizamos.

Livros solos, em Coletâneas ou Antologias, colunas em periódicos virtuais e físicos. Parece que o mundo em nossa volta pouco lê. Mas… todos os membros de nossa Academia recebem retorno dos mais distantes locais de nosso país e mesmo de outros países. Retornos a elogiar o nosso trabalho literário

E assim seguiremos em frente.         

É agora é hora de dizer:

Obrigada!

Sem a colaboração dos membros da Academia de Letras do Brasil – Canoinhas eu nada teria feito.

Costumo sempre afirmar que ninguém faz algo sozinho.

Uma frondosa e robusta árvore solitária em uma pradaria tem uma curta vida e é de pouca utilidade.

Em poucos anos, submetida a vendavais e aguaceiros torrenciais logo vai ao solo.

Estorricada ao sol de ardentes verões ou sendo incendiada por miríades de relâmpagos em breve será apenas um tronco seco e retorcido e nem aves nele poderão se abrigar.

Em um bosque amparam-se umas às outras. Sempre estive rodeada de belas e frondosas árvores.

Sem o apoio e a ajuda de meus Confrade e de minhas Confreiras nada teria sido possível realizar.

Como nada o será nos anos que nos esperam.

Obrigada aos que estiveram na Diretoria e Conselho Fiscal a meu lado nestes três anos que se foram.

Obrigada aos que comigo encetarão nova jornada!   Obrigada!

“SE QUISER IR DEPRESSA

VÁ SOZINHO

SE QUISER IR LONGE

VÁ ACOMPANHADO”

(Provérbio Africano)

*Texto revisto e ampliado que apresentei na Sessão Solene Comemorativa do Nono Aniversário da Academia de Letras do Brasil – Canoinhas e Posse da Diretoria e Conselho Fiscal para o triênio 2023 -2026.

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