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Reação popular assusta mais que crimes em Dahmer

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Minissérie reproduz em detalhes crimes de serial killer estadunidense

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Dahmer – um canibal americano imperou como uma a atração mais vista da Netflix por semanas. Só foi desbancada por Bem-Vindos à Vizinhança, série que não coincidentemente, é do mesmo produtor. O midas Ryan Murphy concebeu as duas atrações que se baseiam em histórias reais. Ambas são assustadoras.

Comecei a ver Bem-Vindos à Vizinhança no mesmo fim de semana que concluí Dahmer. Ambas são ótimas e, não à-toa, foram concebidas por Murphy. Contratados a peso de ouro pela Netflix, a gigante do streaming já percebeu que o investimento valeu cada centavo. Murphy já entregou pequenas obras primas como Hollywood, The Politician, Ratched e Halston. Agora, aparece com os dois maiores sucessos da empresa que por anos nadou de braçadas no streaming e que, agora, com a enxurrada de concorrentes, busca alternativas para se manter no topo como anúncios mediante assinaturas mais em conta.

Como muitos dos que leem esse texto, sinto-me atraído por histórias intrigantes. O combo Ryan Murphi + serial killer foi motivo mais do que suficiente para assistir à minissérie. Estão lá todos os elementos caros a Murphi – uma mente doentia, um sujeito esquisito e de família disfuncional, que chega ao extremo quando percebe que não tem nada a perder. Os cenários claustrofóbicos, o apartamento onde os terrores mais inomináveis acontecem, a escolha por começar a história pela metade, tudo conspira para chamar sua atenção e manter o suspense.

A minissérie acompanha Jeffrey Dahmer (1960–1994), serial killer que aterrorizou a comunidade gay ao estuprar e matar pelo menos 17 homens e meninos até o início dos anos 1990. Os crimes, bastante macabros, envolviam canibalismo e necrofilia (sexo com pessoas mortas), abuso sexual infantil, exposição indecente e até intoxicação pública.

Quando o horror promovido por Dahmer foi descoberto, ninguém mais conseguiu morar no prédio, que acabou demolido. No prédio, por sinal, morava uma mulher negra, vizinha de Dahmer, que ligou diversas vezes à Polícia para denunciar mau cheiro e gritos vindos do apartamento de Dahmer. A Polícia não só não levava ela a sério como em um dos casos em que dois agentes apareceram por lá, entregaram um rapaz lobotomizado por Dahmer para seu assassino porque Dahmer disse ser seu namorado e que o menino tinha bebido um pouco. A vizinha, atônita, foi desacredita pelos policiais. Um loiro de olhos claros sempre fala a verdade, ao que parece.

Não bastasse a omissão policial, essa história fica mais macabra quando mostra a comoção que o assassino causou ao ponto de se disputar objetos pessoais do serial killer e admiradores mandarem dinheiro para ele na cadeia.

Fica ainda mais surreal ao saber que, agora, com o lançamento da minissérie, houve uma explosão de busca pelos óculos que o personagem usa na série ao ponto de peças originais custarem R$ 800 mil. Tem algo de muito errado com a humanidade.

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