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Qualidade de Vida e IDH

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Qualidade de Vida é estar em equilíbrio, é ter controle sobre o que ocorre ao nosso redor

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Semanas atrás expus alguns pontos na tentativa de explicar o que se entende por uma vida com qualidade, uma vida com saúde em todos os sentidos.

Difícil encontrar uma clara e simples definição para Qualidade de Vida.

Mas a certeza que encontramos é a de que, incontestavelmente, ela é ligada ao IDH — Índice de Desenvolvimento Humano.

Então os povos antigos não tinham Qualidade de Vida?

E os povos originários? Não tinham ou não têm Qualidade de Vida?

No conceito de IDH foram acrescentados muitos padrões de conforto. Se assim fosse e se assim tivesse sido nossos pais, nossos avós e mesmo muitos de nós — que neste planeta palmilhamos há mais de 50 anos — não deveríamos ter tido Qualidade de Vida.

E sei que a tivemos! Portanto, não é ligada ao IDH, mas ao desenvolvimento humano, ao desenvolvimento da humanidade, do Homem, da pessoa, de nosso eu.

Qualidade de Vida é estar em equilíbrio, é ter controle sobre o que ocorre ao nosso redor, os nossos relacionamentos sociais, por exemplo.

É indispensável que que tenhamos hábitos saudáveis, que zelemos pelo nosso corpo, que tenhamos um tempo para o lazer, um repouso correto e cultivemos o bom humor.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) desenvolveu questionários para aferição de nossa qualidade de vida, os WHOQOL —World Health OrganizationQuality of Life,

Trata-se de um questionário que envolve seis importantes domínios de nosso viver: Físico, Psicológico, Nível de Independência, Relações Sociais, Meio Ambiente e Aspectos Religiosos.

Olhando para o lado do Domínio Físico é importante avaliarmos as dores que sentimos. Se seria apenas um leve desconforto ou se elas já se tornaram dores calcinantes, cruciais. Porque, como já falamos, o natural é ter saúde. Então o natural é não sentirmos o nosso corpo físico. Dor ou apenas um leve desconforto em qualquer parte de nosso organismo já é um sinal de que algo não está bem.

Quando o indivíduo acorda, levanta-se e vai ao seu local de trabalho, desenvolve tudo a contento está, certamente, com sua energia em forma. Preciso é atentar para os momentos de fadiga. Quando começam a ocorrer com frequência é porque algo não está legal em seu organismo.

Já abordei outro dia a necessidade de termos um sono reparador e momentos de um adequado repouso no correr do dia.

No que diz respeito ao Domínio Psicológico muito haveria a se comentar. Porque há muitas nuances em nosso Eu interior.

Devemos ser dominados apenas por sentimentos positivos. Que é a máquina a nos conduzir para uma vida melhor. Se pensamos, existimos, então vamos pensar apenas no que é útil, bom e que nos faz bem.

Pensar em aprender sempre mais. Vejam as pessoas que se reúnem para treinar e conhecer novos passos de dança, novos pontos de bordado, novas receitas culinárias e outras tantas coisas mais.

Desenvolvemos a memória e a concentração lendo sempre, fazendo palavras cruzadas, decifrando enigmas.

A autoestima é outro importante fator de bem-estar psicológico. Jamais deveremos nos descuidar de nossa imagem corporal e de nossa aparência. Quando nós nos olharmos pelos espelhos que encontramos em nosso caminho sempre devemos afirmar — nem que seja para nós mesmos — “lá está uma pessoa feliz da vida”.

Quando um sentimento negativo quiser tomar conta de nossos neurônios de imediato pensemos no bom e no belo que nos rodeia e que já recebemos da vida.

O terceiro domínio que nos envolve diz respeito ao nosso nível de independência.

Tantos fatores aqui a se considerar. Todos importantes. A mobilidade seria, talvez, a parte que mais afeta a tantos não apenas quando chega a velhice, mas por problemas desencadeados por acidentes, por doenças incapacitantes e degenerativas. Nem há como se imaginar o ficar na imobilidade.

No decorrer de toda uma vida as pessoas estão continuamente em atividade e conseguem realizar os atos de sua vida cotidiana. No passar dos anos, com a ausência crônica de exercícios físicos até andar dentro de casa acaba por parecer um pesado fardo. Por isto a recomendação de jamais deixar as caminhadas e leves exercícios físicos de lado.

Há adultos jovens que vivem, precocemente, na dependência das mais diversas medicações. Alguns por motivos de algumas doenças que os obrigam a fazer uso contínuo de alguns medicamentos. Mas há os que desde cedo entram no medo da insônia e não deitam sem antes ingerir algo para dormir. E estas medicações, com o correr dos dias, pouco efeito farão. Aumentam-se as doses e surge a fatídica dependência por santos remédios.

E ainda nesta área precisamos avaliar a nossa capacidade de trabalho. A produtividade de cada pessoa não depende apenas de seu físico. E esta produtividade se esvai aos poucos em proporção direta à nossa idade. Há desgaste natural das articulações. E então descobrimos o enorme número de cartilagens que fazem parte de nosso organismo.

Mas há também os que pouco fazem porque a nada foram habituados a fazer. Há os que muito fizeram e quando a inatividade forçada da velhice chega dedicam-se às atividades intelectuais.

Importante é sempre termos algo a fazer. Cuidar de um jardim, de uma horta e quando se sentar defronte a um aparelho de Tevê continuar com o movimento das mãos em um tricô, bordado ou crochê. Jamais parar. Este é o lema. E o leme.

Neste complexo questionário sobre a nossa qualidade de vida há a importância de nossas Relações Sociais.

Não apenas as relações pessoais, as relações que mantemos em nosso dia a dia tanto em nosso local de trabalho como nos de lazer.

Neste enfoque devemos ainda considerar o apoio social que damos às entidades assistenciais localizadas em nosso entorno.

E o velho tabu de não se considerar o sexo como algo importante na qualidade de vida das pessoas tem levado muitos a tomar atitudes drásticas por não conseguir extrapolar as decepções em uma vida conjugal.

Mesmo com tudo o que se vê, ouve e fala na tentativa de esclarecer a população sente-se o tabu a fazer o seu silencioso mal.

A atividade sexual realizada a esmo tem trazido consequências funestas, como a gravidez indesejada, a gravidez precoce, as doenças sexualmente transmissíveis além dos abomináveis estupros.

Como perceberam o assunto é vasto. Em próximas páginas falarei sobre os demais fatores que influenciam o nosso viver bem.

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