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Políticos presos na Et Pater Filium e Mensageiro vão influenciar na eleição?

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Dadas a memória curta e a alienação política, eles têm tudo para influenciar

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COLUNA DE DOMINGO Estamos a seis meses das eleições municipais e ainda não temos com exatidão quem serão os candidatos a prefeito de Canoinhas, Bela Vista do Toldo, Três Barras e Major Vieira. Mas, mais importante do que escolher em quem votar, temos de considerar em quem não votar.

Há dois anos a região viu a deflagração da sétima fase da operação Et Pater Filium, que levou para a cadeia o então prefeito e o então vice-prefeito de Canoinhas. O de Bela Vista do Toldo e o de Major Vieira tinham sido presos meses antes. Hoje, somente Orildo Severgnini, de Major Vieira, segue preso. Os outros estão soltos, em suas respectivas cidades, de olho na eleição, não como candidatos, até porque seus acordos premiados não permitem, mas o negócio é atacar nos bastidores. Alguns, como é o caso de Adelmo Alberti, se arriscam até a discursar em evento político.

Ouvido em uma reportagem do Diário Catarinense, o cientista político e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Julian Borba, acredita que as prisões de prefeitos registradas nos últimos anos em Santa Catarina (para a mídia estadual, a Mensageiro, desvendada a partir de delação de Adelmo Alberti, ganhou repercussão bem maior que a Et Pater Filium) deve ter efeito localizado nos municípios em que os casos ocorreram. Segundo ele, o tema da corrupção perdeu destaque entre o eleitorado brasileiro nos últimos anos, e pesquisas mostram que esse assunto passou de principal problema do país, na visão dos eleitores, no período da Lava-Jato, para quinto ou sexto colocado.

O professor possivelmente está certo. A sensação de que tudo está voltando a ser como antes bate forte na região. Recentemente, um cacique partidário de Brasília esteve em Canoinhas para se reunir com a militância. Ao ditar que o partido absorva um pré-candidato denunciado na Et Pater Filium, ouviu de um filiado que ele não se sentia confortável com a situação. “Vamos colocar um corrupto no nosso partido, deputado?, questionou.

“O povo não liga mais para isso”, foi a resposta cara dura do parlamentar.

Por mais escandalosa que seja a resposta, não me parece fora de tom. A classe política vive de sentir a temperatura do povo. Se alguém que conseguiu se eleger deputado federal pensa assim, é porque esse discurso de “tanto faz” para a corrupção tem aderência no público. Tenho ouvido muito a falsa equivalência a Lula. “Se temos um ladrão na presidência, o que dizer de Canoinhas?”.

Bom, não duvido da culpa de Lula, mas lembremos que ele foi condenado e preso, mas veio a Vaza Jato e revelou que seu processo, por mais claras que fossem as evidências, estava eivado de arbitrariedades dado o comprometimento dos acusadores, notadamente de Sérgio Moro, que veio a ser ministro do presidente do campo oposto a Lula.

Na região, não há inocentado, muito pelo contrário, muitos estão à espera de sentença e, com exceção de Renato Pike, os demais são réus confessos. Usar maus exemplos para justificar condutas de terceiros te inclui com os dois.

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