sexta-feira, 26

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abril

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2024

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Polícia indicia candidato a prefeito de Três Barras e mais dois por acusação de compra de votos

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Gilson Nagano é acusado de trocar gasolina por votos

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INDICIADOS

O inquérito aberto para apurar denúncias de compra de votos contra o então candidato a prefeito de Três Barras, Gilson Nagano, indiciou sete pessoas por suspeita de compra e venda de votos na eleição de 2020, entre eles Gilson, seu candidato a vice Ricardo Cornelsen e seu coordenador de campanha Sidilon Pazda. O caso foi publicado pelo JMais um dia antes das eleições.

O inquérito se refere a suposta entrega de vales combustível a serem consumidos no Autoposto Zaka por pessoas que, em troca, prometiam colar adesivos da chapa de Gilson em seus veículos. Um dos funcionários do posto relatou ao delegado que conduziu o inquérito, Darci Nadal Jr, que chegou a abastecer 75 carros por dia com vales combustível distribuídos pela campanha de Gilson. O posto disse, em sua defesa, que vendeu os vales combustível para Gilson sem entrar no mérito da campanha.

Gilson, Ricardo e o coordenador de campanha permaneceram em silêncio durante as oitivas. Para o delegado que conduziu o inquérito houve captação ilegal de votos.

O Ministério Público, por sua vez, fez um minucioso trabalho de reconstituição a partir dos documentos juntados pelo inquérito policial. A promotora Mariana Pagnan Silva de Faria pede a inelegibilidade de Gilson e Ricardo para qualquer cargo pelo período de oito anos e a cassação dos registros de candidatura de ambos.

“Examinando os documentos amealhados aos autos, percebe-se ter
ficado cabalmente comprovado que os representados praticaram as condutas narradas na petição inicial, incorrendo em captação ilícita de sufrágio e abuso de poder econômico”, anota a promotora.

Para tentar explicar a compra do combustível a defesa de Gilson afirmou que vereadores da coligação ajudaram a custear as despesas com gasolina para viabilizar uma carreata com mais de 2 mil veículos participantes. Notas fiscais emitidas depois da carreata comprovariam a tese. Um por um dos candidatos a vereador, o MPSC desconstrói o enredo, questionando condições econômicas e apontando discrepâncias como o baixo investimento em adesivos ante alto valor investido na carreata. No caso de Marcos Rogério de Paula (PL), que conseguiu eleger-se, por exemplo, a promotora ressalta que “ainda que o candidato tenha realizado a impressão de adesivos com número próximo ao número de carros que custeou o combustível, as datas de recebimento de valores para a quitação dos combustíveis e a efetiva quitação da compra, ocorreu muito após o evento, demonstrando que nenhuma organização prévia foi realizada para tanto”.

“Os representados tentam explicar o inexplicável e chamar atenção
às Notas Ficais que, isoladamente, nada comprovam, senão a tentativa
desesperada de se verem livres as sanções legais que lhes cabem”, conclui o MPSC.

Em resumo, para o MPSC: a) ninguém viu vereador dizer que pagaria combustível; b) nada foi juntado para comprovação de negociação pretérita à data da busca e apreensão dos vereadores em relação ao combustível; c) os documentos da defesa não corroboram suas alegações; d) apenas o representado Gilson efetuou negociações, foi visto no posto e beneficiado com a colocação de adesivos de sua campanha particular em troca dos contra-vales; e) os vales eram para compra de voto; f) os vales eram fornecidos semanalmente e não apenas em uma oportunidade para aludida carreata, e; g) os eleitores não sabiam de vínculo dos vales com quaisquer vereadores.

A denúncia está agora nas mãos da Justiça para sentença.






RECURSO

A defesa de Gilson está pedindo a anulação desse relatório do MPSC alegando que ele foi entregue fora do prazo. O prazo era de dois dias e a promotora apresentou as alegações finais uma semana depois.






ENROLADO

Citado no relatório do MPSC, o ex-presidente da Câmara de Três Barras, Fabiano Mendes (PL), teve suas contas eleitorais reprovadas. Ele não conseguiu comprovar a legalidade da doação em combustível feita para a campanha e sequer observou o procedimento de emissão de recibo eleitoral referente à doação de combustível em questão, segundo o MPSC.






PASSADO

Em 2017, Eduardo Watzko venceu um processo licitatório para eventual e futura contratação de empresa para prestação de serviços de retroescavadeira da prefeitura de Major Vieira. Claudinei Ribeiro, ex-secretário do governo Adelmo Alberti em Bela Vista do Toldo, por ora preso, representou a empresa de Watzko na licitação.





CORRE

Tem gente correndo a toda em Bela Vista do Toldo para retirar do seu nome títulos e propriedades. Vai que dá tempo…




DESPACHA DE LÁ

A pandemia fez autoridades do Judiciário de Canoinhas respirarem os ares de grandes metrópoles. Como as audiências têm sido feitas de modo remoto há mais de um ano, eles se mudaram temporariamente da sede da comarca.

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