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“Habilidades informais” e “propósitos pessoais” são qualidades de um bom gestor

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Na última coluna +Gestão, tratou-se da temática sobre a decisão sobre o crescimento da empresa. Colocou-se em xeque a teoria do ciclo de vida empresarial: nascimento, crescimento, maturidade e morte. Na qual, o crescimento e maturidade podem ser questões qualitativas e endógenas (internas) e não necessariamente indicadores de “tamanho” como receita, número de funcionários ou de clientes.

Complementando a temática, pode-se incluir nessa discussão a visão de GRANDE Gestor, Empresário ou Executivo. Considera-se atualmente que as melhores mentes, habilidades e competências na área da gestão estejam nas grandes empresas[1]. Isso é levado pela lógica de que empresas maiores podem atrair candidatos mais preparados pelo potencial financeiro que possuem. Nesse prisma sim, é correto afirmar que financeiramente as grandes empresas podem remunerar profissionais com um currículo mais robusto. Para exercer um cargo no nível gerencial o candidato se deparará com exigências mínimas como:

– Anos de experiência na função e ramo;

– Graduação e MBA na área;

– Inglês Fluente;

– Cursos preparatórios;

– Disponibilidade para mudar de cidade;

– Disponibilidade de horário;

– Disponibilidade para viagens.

Nesse cenário historicamente comum, se torna míope perceber os movimentos profissionais dos últimos dez anos, que determinam por vezes a qualidade de um bom gestor e também a escolha de onde atuar: “habilidades informais” e “propósitos pessoais”.

As habilidades informais referem-se as atitudes não comprovadas em currículo, as quais as pessoas desenvolvem de forma tácita (na prática) durante a carreira e que por vezes complementam a formação teórica. Na gestão, essas habilidades estão vinculadas à liderança tais como processo de negociação, comunicação, visão de reciprocidade, proatividade, comprometimento, dedicação, organização, dentre outras.

Em uma graduação e cursos, o profissional poderá OUVIR sobre isso, mas somente exercitando desenvolverá a capacidade de aplicar no dia a dia.

A questão do propósito é o vínculo entre inspirações pessoais e visão da empresa. As pessoas buscam atuar em negócios que as alimentem na missão de vida contribuindo para o sentimento de “fazer algo”. Um exemplo seria de uma pessoa com espírito de cooperação exercendo cargo de gerência em uma empresa, na qual, somente os melhores em números serão promovidos, sem uma avaliação qualitativa. Ou uma pessoa com espírito empreendedor, a qual atua em uma empresa que não oferece oportunidades para que a equipe participe de soluções e inovações.

E onde a PEQUENA EMPRESA se sobressai nesses dois pontos? PROXIMIDADE. Os funcionários estão próximos da propriedade da empresa, com isso, participam diretamente das principais decisões, sabem do que está ocorrendo, e possuem um tratamento mais pessoal. Esse ambiente estimula o desenvolvimento de líderes e gestores.

Nessa lógica a pequena empresa não tem uma grande força para atratividade de capital humano pronto, mas seu ambiente estimula o desenvolvimento das habilidades tratadas anteriormente e podem oferecer uma melhor visão de propósito, pois os mesmos podem participar da construção das estratégias empresariais. Nessa pequena empresa, caso seja incentivada a formação tradicional (técnico, cursos, graduações) ela terá uma combinação potente de fatores que pode gerar GRANDES GESTORES a um custo menor. Por se desenvolverem dentro da organização, provavelmente terão um engajamento maior que um contratado externo.


[1] Sobre o critério para classificar o tamanho da empresa, consultar IBGE e BNDES.

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