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Os 105 anos do nascimento de Rupprecht Loeffler

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Se vivo fosse, o lendário cervejeiro completaria aniversário neste domingo                                                                                   

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Para homenagear o cervejeiro Rupprecht Loeffler, de Canoinhas, que neste domingo, 5, faria 105 anos, o dia 5 de junho foi estabelecido o Dia da Cerveja Brasileira. Confira o relato da viúva de Rupprecht, Gerda Loeffler, publicado originalmente no jornal Correio do Norte sobre a trajetória de seu marido e eterno ícone canoinhense.

Por Gerda Loeffler

Rupprecht Loeffler, filho de Otto Loeffler e Ema Witt Loeffler, nasceu dia 5 de junho de 1917 em Hansa Humboldt (Santa Catarina), hoje Corupá. Foi batizado no dia 02 de setembro de 1923 na Igreja Evangélica Luterana. Na época, seu pai tinha uma pequena Cervejaria Artesanal em Corupá. Ele veio da Bavaria, Alemanha, já como cervejeiro formado. Rupprecht tinha mais quatro irmãos: Rodolfo, Guilherme, Carlos, Henrique e uma irmã Érica.

Em Ouro Verde, hoje Canoinhas, uma cervejaria artesanal estava à venda e o pai de Rupprecht resolveu comprá-la. No dia 1º de abril de 1924, Otto comprou a cervejaria “Ouro Verde” de Pedro Werner e Otto Brachmann, e mudou-se com a família para o município. A cervejaria havia sido fundada no ano de 1908.

Quando a família veio para Canoinhas, Rupprecht tinha apenas seis anos e dez meses. Durante a semana, ele frequentava a Escola Evangélica, do Pastor Georg Weger, e, aos domingos, ia ao culto infantil. Foi confirmado na igreja evangélica Luterana no dia 20 de março de 1932, pelo Pastor Georg Weger. Participou da juventude e dos cultos da igreja.

JUVENTUDE

Rupprecht menino (sentado no barril com um copo de cerveja)/Arquivo

Rupprecht foi crescendo e aprendendo a fazer cerveja com o seu pai Otto. Fez estágio em Joinville, na cervejaria Catarinense, entre os anos de 1935 e 1936. Ao mesmo tempo, no período noturno, participava do Ministério da Guerra como reservista do exército (2ª categoria).

Um dos prazeres de Rupprecht era a caçada, o que dá para notar nos bichos empalhados expostos na cervejaria. Quem empalhou foi o seu irmão, Guilherme (o Willi).

Quando voltou de Joinville, Rupprecht foi visitar o seu irmão Carlos em Goiás Velho. Ele também tinha uma cervejaria artesanal. Na época, alguns amigos de Carlos estavam preparando uma viagem para a Ilha de Bananal, para caçar e viver uma temporada no mato. Rupprecht aceitou o convite e foi junto. Ele gostou e voltou com muitas histórias para contar.

VIDA ADULTA

Olhar de Rupprecht Loeffler

Quando voltou para Canoinhas, seu irmão Guilherme ofereceu a cervejaria Canoinhense Artesanal para que Rupprecht a comprasse. Ele pensou, pensou, e enfim a comprou, no dia 1º de julho de 1938, quando tinha apenas 21 anos. Trabalhou muito para poder pagar a cervejaria.

Em 1944, conheceu a moça Gerda Stein, de Guaramirim. Os dois namoraram por um tempo e casaram-se no dia 10 de março de 1945 em Canoinhas. O casamento ocorreu no civil e na igreja evangélica confissão Luterana, pelo Pastor Georg Weger.

Da união do casal, nasceram quatro filhos: Elfi, Walli, Doris e Werner. Eles cresceram, estudaram, formaram-se, casaram e nos deram netos (Daniela, Gabriela, Janaina, Rinaldo, Andiara, Enos, Pedro, João André e Elisabeth) e bisnetos (Manuela, Arthur, Matias, Heitor, Ester e Gabriel).

Depois, Rupprecht e Gerda trabalharam juntos no comércio da Cervejaria Artesanal. Rupprecht dedicou boa parte da sua vida a produção da loira e preta gelada.

Em 03 de setembro de 1984, Rupprecht Loeffler ganhou da Câmara Municipal de Canoinhas o titulo de Cidadão Honorário de Canoinhas (SC). Em 2009, cervejeiro Rupprecht era tão conhecido na cidade que, com 92 anos, virou selo dos Correios, pelo vereador Wilson Pereira. Para homenagear o cervejeiro, que nesta semana faria 100 anos, o seu aniversário (05 de junho) foi estabelecido como o Dia da Cerveja Brasileira.


FALECIMENTO

Cervejaria Canoinhense

No dia 21 de fevereiro de 2011, Rupprecht não se sentiu bem e foi levado para o Hospital Santa Cruz. Primeiro ficou no quarto e depois foi para a UTI. No domingo, 27, às 12h40, Rupprecht faleceu. Seu velório ocorreu na Câmara de Vereadores do município.

O Coral da igreja Luterana cantou hinos de despedida, com as orações do Sr. Pastor Emerson e Sr. Aloizio Soares. O enterro aconteceu às 15h do dia seguinte, 28. Rupprecht faleceu com 93 anos, sete meses e 22 dias. A prefeitura decretou luto oficial de três dias.

“Saudades de Gerda e sua família.”


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