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Olhando no retrovisor, prefeitos da região agiram corretamente em relação à pandemia

Imagem:Arquivo

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COLUNA DE DOMINGO Vinte meses depois do decreto da pandemia de coronavírus em março de 2020, com a promissora notícia de que em novembro, possivelmente, vamos começar a sair às ruas sem máscaras, já é possível fazer um balanço de como a classe política se comportou diante do maior desafio proposto à classe em décadas.

Falar que o presidente Jair Bolsonaro foi irresponsável é chover no molhado. Sua defesa da imunidade de rebanho a fim de blindar a economia se traduzia em “vai morrer gente, fazer o quê, morre gente todo dia”, ou seja, na tese do presidente, as mortes seriam inevitáveis, então, salve-se quem puder e tiver sorte de, ao ser contaminado com o vírus, não ter o destino dos 606 mil brasileiros que morreram de covid-19. Quem se candidata a cobaia? Brincar de roleta russa é para os fortes, não?

Carlos Moisés, em Santa Catarina, demonstrou responsabilidade, mas teve qualquer desempenho positivo ofuscado pela rumorosa compra de respiradores chineses que nunca chegaram. O dinheiro, felizmente, está sendo recuperado, mas o povo não perdoa o ‘erro’ do governo.

Quem de fato executou as ações ditadas pelo Governo do Estado – o Federal se eximiu depois que o Supremo disse que as três instâncias (União, Estados e Municípios) eram corresponsáveis pelas ações de combate à pandemia – foram os prefeitos. Como diz o ex-prefeito Leoberto Weinert, parece óbvio, “mas é nas cidades que as pessoas de fato moram”, não no Estado, muito menos na União.

Focando nos prefeitos da região, pode-se dizer que todos foram competentes e nenhum escândalo envolvendo compras suspeitas ou ações polêmicas como do prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, que queria tratar pacientes com administração de ozônio pelo ânus e distribuiu kit covid (sem nenhuma comprovação de eficácia) para quem quisesse.

Logo que a pandemia estourou, o prefeito de Canoinhas, Beto Passos (PSD), reuniu os demais prefeitos da comarca, chamou o promotor Renato Maia de Faria, e anunciou um plano de ação que funcionou, com a distribuição de pacientes pelos hospitais da comarca a fim de evitar contato com os doentes de covid, que passaram a ser atendidos no Hospital Santa Cruz de Canoinhas. Usaram o dinheiro mandado pelo Governo Federal para combater a pandemia. Justiça seja feita, não faltou dinheiro da União para tanto.

A desinfecção de ambientes e o fechamento do comércio por duas semanas se mostraram ações desnecessárias logo no começo da pandemia, mas como adivinhar isso em um período de pânico em que todas as ações eram tomadas com base no achismo? Não havia uma diretriz clara, até mesmo as máscaras, hoje comprovadamente eficazes contra a covid, foram tratadas como desnecessárias no começo da pandemia. Drauzio Varela, um dos médicos mais respeitados do País, chegou a dizer que não tinha com o que se preocupar no começo. Depois, ao contrário de gente mal intencionada que ainda usam a fala dele para embasar seu próprio negacionismo, se retratou e pediu desculpas.

Os prefeitos da região foram firmes. Não houve declarações desastrosas nem fora da realidade. Pelo contrário, as lives comandadas por Passos com a presença dos demais prefeitos, foram sóbrias. Palavras firmes que passaram segurança, sem deixar de lado a gravidade do momento. A história os julgará, mas o que se vê até o momento, olhando pelo retrovisor, foram ações necessárias e sérias que conduziram a nossa população a este momento em que, felizmente, estamos prestes a completar o esquema vacinal com as duas doses ou dose única da vacina anticovid. Dias melhores virão.

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