Jair Bolsonaro e todos os seus adeptos são as piores pessoas para desenvolver uma mentira
A semana foi das mais movimentadas dentro da política nacional. O círculo começou a literalmente ser afunilado no entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A prisão do seu braço direito, o Coronel Mauro Cid, foi o estopim para que a pólvora seja acesa e o barril esteja prestes a ser detonado. E pelo andar da carruagem ele não deve demorar a explodir.
O desenrolar dos últimos acontecimentos mostram que o clã bolsonarista não estava preparado para tudo o que viria a viver. O tsunami que atingiu essa parcela da população foi arrasador e isso fica claro, quando observamos que os integrantes estão todos perdidos e tentando achar uma desculpa válida para escapar do caso.
A grande questão é que Jair Bolsonaro e todos os seus adeptos são as piores pessoas para desenvolver uma mentira e achar possíveis desculpas. Isso foi ficando claro durante os quatro anos de governo, porém naquele momento ele tinha imunidade parlamentar e a desculpa de poder estar ocupando o cargo de presidente da República.
Porém, tudo isso caiu por terra a partir do dia 1° de janeiro quando ele desocupou o cargo. Agora, eles acabaram precisando ficar literalmente com o rabo entre as pernas, pois não existe mais imunidade que possa deixar as investigações longe.
Se observamos os acontecimentos desta semana, as minutas e conversas envolvendo as tratativas de tentar aplicar um golpe de Estado contra a República, as pessoas envolvidas no caso atual e que possuem braços algemados a outros casos, o cerco nesse momento se fechou de vez.
Com a Polícia Federal, Ministério Público, Supremo e Tribunal Superior Eleitoral na cola, o clã bolsonarista não deve conseguir escapar tão facilmente das investigações, mesmo que eles apliquem a máxima de que foi Cid o único envolvido.
Os investigadores, de todas as instâncias não conseguem mais acreditar em nenhuma palavra dita por bolsonaristas. Eles se perderam na própria narrativa que veio sendo construída dia após dia. O atentado realizado no dia 8 de janeiro foi o ápice da loucura e a bala de prata para selar o destino de todos.
Em nossas conversas sempre cito como exemplo que devemos acompanhar as cenas dos próximos capítulos. Nesse caso elas já estão escritas, produzidas e estão passando pelo processo de edição.
Caberá a todos nós acompanhar o desenrolar dessa história, a qual chegou ao seu terceiro ato, não tendo mais espaço para plot-twist, novos acontecimentos ou falsas desculpas. Caberá apenas aqueles que ainda defendiam esse grupo pequeno entender que atualmente a história do Brasil está tentando ser reconstruída.
