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Cresce violência contra pessoas LGBTQIA+ em SC e sul do Paraná

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Apesar da defesa da inclusão, Sul do país continua registrando alto índice de violência contra LGBTQIA+

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O Sul do Brasil é palco de belas cidades e diversas atrações turísticas, mas ainda enfrenta um terrível problema que vai totalmente contra seu discurso. Ao mesmo tempo que grandes cidades de Santa Catarina e do Paraná se identificam como lugares 100% inclusivos e livres de preconceito, ambos os estados continuam registrando centenas de casos de violência contra a comunidade LGBTQIA+.

Essa é uma das questões levantadas por ativistas locais, que buscam tornar pública essa homofobia “invisível”, que quase nunca ganha notoriedade nas grandes mídias. Segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR), somente entre 2019 e 2020 foram registrados 400 crimes contra pessoas LGBTQIA+, mas especialistas garantem que esse número é ainda maior, pois muitas vezes os casos não são registrados como LGBTfobia pelas autoridades. Em 2019 foram 58 homicídios, enquanto em 2020 foram 28.

Santa Catarina não fica muito atrás nesse quesito. Entre abril e junho deste ano foram registrados três crimes brutais contra homossexuais, incluindo tortura, estupro e assassinato. Florianópolis lidera as cidades da região no número de ataques, com 80% de todos os crimes do gênero cometidos em Santa Catarina. O grupo dos transgêneros é o mais frágil dessa comunidade, onde só em 2020 foram assassinados 175 transexuais em todo o país.

ONGs e entidades especializadas apontam que o maior erro de estados como Santa Catarina e Paraná é não contar com leis específicas de crimes de ódio contra a comunidade LGBTQIA+. Apesar de o preconceito já ser considerado crime em todo o país, ainda não existe nenhuma legislação que garanta punições severas contra esse tipo de ato, o que pode servir de motivação para os autores dos crimes.

Por ora, já existe um progresso sendo feito a respeito, mas sem previsões de quando poderá entrar em vigor. Uma das medidas a curto prazo que podem ser adotadas é a realização de novos concursos PC PR para recrutar policiais e aumentar a segurança das ruas. Obviamente, o problema é mais complexo que isso, e, devido à quantidade de casos, demanda soluções maiores o quanto antes.

O primeiro passo para reduzir esse tipo de crime é combater o preconceito. As pessoas que pregam discurso de ódio não costumam ser as mesmas que praticam essas barbaridades, mas acabam incentivando outros a fazerem o que elas não têm coragem. Um investimento maior em políticas públicas voltadas para educação, saúde e segurança relacionadas aos LGBTQIA+ se faz necessário para conscientizar melhor a população e promover o respeito com as minorias.

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