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Já morando fora de Canoinhas, promotor da Et Pater Filium reúne governo e Coletivo Santa Cruz

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Renato Maia de Faria esteve em Canoinhas na quinta passada

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Já morando em Barra Velha, onde além de atuar como promotor segue na coordenação do Grupo Especial Anticorrupção do Norte do Estado (Geac Joinville), responsável pelas investigações da Operação Et Pater Filium, Renato Maia de Faria esteve em Canoinhas na quinta-feira, 14, para se reunir com o prefeito em exercício Willian Godoy, a interventora do transporte escolar Zenici Dreher, o secretário de Administração, Diego Rafael Alves, e o advogado do Coletivo Santa Cruz, Renato Mattar Cepeda.

Como interventora, Zenici encontrou uma série de problemas na administração do transporte escolar. “É difícil de entender, há muita desorganização, mas estamos tentando tabular as informações”, disse a secretária de Assistência Social. Zenici vem buscando informações junto aos motoristas, a quem deixa claro que nada devem, para entender como se dava o trabalho. Já descobriu que do dinheiro enviado pelo Governo do Estado para que o Município comprasse passes para alunos do interior havia várias irregularidades como alunos do Estado sendo transportados em ônibus bancados pelo Município, ou seja, havia duplo pagamento pelo mesmo serviço. Há, ainda, o fato de, embora o Município ter contratado 33 ônibus para 33 diferentes linhas, um mesmo ônibus fazia duas ou três linhas.

Havia, ainda, transporte de professores com recursos do Estado, que são exclusivos para transporte de alunos. Somente no ano passado o Estado repassou R$ 850 mil para a compra de vales-transportes de alunos. Isso mesmo com a pandemia travando as aulas presenciais em boa parte do ano.

 Segundo Godoy, apesar de tudo o que foi descoberto, o Coletivo Santa Cruz estará habilitado aos processos licitatórios que devem ser lançados, em lotes menores, nos próximos meses. A tendência, também, é de que a família Dams, que aceitou colaborar com as investigações entregando o que sabe, seja solta em breve – dois dos membros da família já foram soltos, mas Wilson e Rodrigo Dams, que estão à frente da empresa, seguem presos no Presídio Regional de Canoinhas – e retome o controle da empresa.

CONCLUSÕES

O Ministério Público apurou que somente no ano passado (2021), o município adquiriu da empresa Coletivo Santa Cruz Ltda., por meio de processo de inexigibilidade, o total de 144.666 passes, totalizando R$ 419.533,50. “O fato beira o absurdo, pois as aulas presenciais do ensino médio permaneceram por longo período suspensa ou ocorriam de forma híbrida em razão da pandemia”, observa.

Somente no ano de 2017, por sua vez, o município contratou em passes o montante aproximado de R$ 1,5 milhão. Naquele ano, primeiro da administração Passos/Pike, já havia indícios de acordo espúrio entre a empresa e a administração.

“Em um município com um pouco mais de 50 mil habitantes, a quantidade de passes adquirida pelo município extrapola qualquer equação razoável capaz de justificar tais despesas. Outro fato intrigante é a indisponibilidade de informações pretéritas relacionadas aos contratos públicos das empresas do Grupo Santa Cruz junto aos portais de transparência do Município de Canoinhas. Os dados disponíveis dizem respeito apenas aos anos de 2021 e 2022, sendo que as informações passadas não estão acessíveis ao público, prejudicando sobremaneira as investigações”, observa o MPSC.


DEU RUIM

O Município registrou o furto de cinco baterias de caminhão e combustíveis nos poucos dias em que a garagem da Secretaria de Obras funcionou no rumoroso imóvel alugado às margens da BR-280.

Como a coluna informou na sexta, as máquinas já foram transferidas para o Parque de Exposições. Prefeito em exercício, Willian Godoy, estuda contratar seguranças para evitar furtos no local.



CANSOU DE ESPERAR

A defesa de Beto Passos cansou de esperar o processo contra ele descer para a comarca e decidiu agir mirando Brasília. O advogado Marlon Bertol confirmou à coluna que ingressou com pedido de habeas corpus (liberdade, na prática) no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A expectativa é de que o pedido seja julgado nesta semana.

Bertol contava com a renúncia de Pike para ingressar com o mesmo pedido na comarca de Canoinhas já que, neste caso, os dois (Beto e Pike) perderiam o foro privilegiado. O destino de Pike, no entanto, segue uma incógnita.


DEU NA TRAVE

3º Batalhão de Polícia Militar/Arquivo

A defesa de Renato Pike tentou uma transferência para o 3º Batalhão de Polícia Militar, alegando que a vida dele corria risco no Presídio de Jaraguá do Sul. Ligações próximas no meio policial foram decisivas para alguém travar a manobra.

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