Microempreendedores foram os que mais sentiram os efeitos
Além do prejuízo estimado em R$ 63 milhões no agronegócio, a indústria e o comércio também sofrem com os impactos da chuvarada que já alcançou 500 milímetros em Canoinhas somente neste mês de outubro (este é o total esperado para três meses). Um levantamento feito pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoinhas mostra que este prejuízo chega a R$ 5,4 milhões. A pesquisa foi feita através de formulários respondidos por empresários a pedido da pasta. Foram 80 empresas que responderam ao pedido de informações. A ação foi feita por uma força tarefa formada pela prefeitura, Associação Empresarial (Acic), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sindilojas, Sindimadeira, Sindimate, Sindicont e Defesa Civil.
O levantamento engloba ainda o setor de serviços, que compreende desde o pintor de parede até mecânico. 49% dos respondentes remetem ao comércio, ao passo que 37% são do setor de serviços e 13% da indústria.
Chama a atenção a fragilidade dos microempreendedores individuais como os mais atingidos pelos fenômenos climáticos recentes. 51,2% dos respondentes são microempreendedores individuais (MEIs). 23,8% são microempreendedores e 10,7% empresas de pequeno porte.
ENCHENTE
A primeira questão feita aos empresários questiona qual o fenômeno climático que mais os prejudicou. 81% apontaram a enchente como principal fator de prejuízo, seguido da enxurrada (11,9%) e da chuvarada (6%).
Segundo os participantes da enquete feita virtualmente, 98,8% deles não tinham seguro dos bens avariados e 77,4% disseram que têm interesse em buscar financiamento em instituições financeiras.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Luis Mario Dranka, ele conversou com o secretário estadual de Comércio e Indústria, Silvio Dreveck, que informou que uma linha especial do Pronampe será oferecida aos empresários prejudicados. O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foi criado pelo governo federal destinado ao desenvolvimento das microempresas e empresas de pequeno porte.
Dranka diz ainda que os MEIs terão linhas do programa Juro Zero (se as parcelas do empréstimo forem pagas em dia, a última, composta de juros, é bancada pelo governo) disponibilizadas de imediato.
O secretário se mostra especialmente preocupado com os comerciantes que não puderam abrir seus comércios por causa da enchente ou que tiveram perdas diretas por terem seus negócios invadidos pela água.
INADIPLÊNCIA
Reflexo desta situação, em Canoinhas, 35% dos Microempreendedores Individuais (MEIs) estão inadimplentes. “Se não houver regularização dos débitos, em janeiro poderão ser excluídos do Simples Nacional”, alerta Dranka.
Para evitar a sua exclusão do Simples Nacional a partir de 1º de janeiro de 2024, o contribuinte MEI deve regularizar a totalidade dos seus débitos, por meio de pagamento à vista ou parcelamento no prazo de 30 dias a contar da data de ciência do Termo de Exclusão.
“A Sala do Empreendedor de Canoinhas está apta a ajudar a regularizar a sua empresa. Venha tirar suas dúvidas e regularizar a sua situação”, garante Dranka. A sala fica no prédio do antigo fórum, na rua Vidal Ramos, no Centro. Você pode falar diretamente com os servidores Luis Anselmo Chagas ou Sandra Pawlowytsch Ferrari.
