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Há um ano, primeiro caso confirmado de covid-19 era diagnosticado em Três Barras

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Funcionário terceirizado da empresa WestRock teve identidade exposta em grupos de WhatsApp

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Há um ano, no dia 28 de abril de 2020, Canoinhas e região entravam em parafuso. A paranoia invadiu muitas cabeças e as redes sociais foram o cano de escape perfeito para disseminação de teorias e xenofobia. Era diagnosticado o primeiro caso de covid-19 de Três Barras. O paciente inaugurou a recém-montada ala covid do Hospital Santa Cruz de Canoinhas (HSCC).

 

 

 

 

Na mesma noite em que o caso veio a tona, uma foto do exame positivo do paciente de 29 anos circulou em grupos de WhatsApp e motivaram a abertura de um inquérito para apurar a responsabilidade pelo vazamento. Como era do Nordeste, comentários xenofóbicos foram espalhados pelas redes sociais.

 

 

 

A WestRock, empresa para a qual o paciente prestava serviço como terceirizado, emitiu nota afirmando que o rapaz estava em um alojamento chamado de Casa de Chegada, onde passou por um período de quarentena, uma das etapas filtro para assegurar segurança no retorno dos colaboradores. “Assim, seguindo os protocolos, o colaborador informou seu superior, que o encaminhou para o Hospital Santa Cruz de Canoinhas (HSCC). Ele foi liberado e encaminhado para isolamento em uma das casas mantidas pela WestRock, onde passou a ter supervisão da área médica.  No dia seguinte ele apresentou febre e foi encaminhado ao HSCC, onde permaneceu internado, com melhora do quadro clínico um dia depois”, explicou a empresa em nota. Nada aplacou os ânimos dos moradores da região, que viam a brecha aberta para a introdução do vírus, que já havia dado suas caras em cidades vizinhas como Papanduva e União da Vitória.

 

 

 

 

A WestRock iniciou, então, uma verdadeira operação de guerra para testar seus funcionários, além de doar testes padrão ouro para o Município. Três Barras, logo depois, iniciou o maior programa de testagem em massa da região.

 

 

 

 

Sem apresentar sintomas da doença, o rapaz recebeu alta do HSCC dois dias depois e cumpriu a quarentena de isolamento no alojamento da empresa que o contratou. No mesmo dia o prefeito de Canoinhas, Beto Passos (PSD), concedeu uma entrevista coletiva explicando que “começa agora um trabalho de investigação para saber por onde o rapaz andou, para que todas as pessoas que tiveram contato com ele possam ser testadas”. O vice-prefeito Renato Pike (PL) disse que o Município deveria pedir formalmente à WestRock que interrompesse a contratação de pessoal de fora da região. “Não podemos ter um surto neste momento que a nossa economia está sendo retomada”, afirmou lembrando que pouco antes havia sido suspenso o lockdown do comércio não essencial. O prefeito de Três Barras decretou e a WestRock cumpriu a interrupção das obras de expansão por 15 dias.

 

 

 

 

Em 4 de maio surgiria o segundo caso, também de Três Barras. As autoridades de Saúde de Canoinhas e Três Barras confirmaram que um caminhoneiro de 50 anos que esteve no Maranhão apresentou os sintomas da doença e veio direto para a central de atendimento para casos suspeitos de covid-19 montada anexo ao HSCC.

 

 

 

 

Um dia depois, de uma só vez, Canoinhas registraria os três primeiros casos de covid-19 no município: três homens de 40,  44 e 47 anos que retornaram de viagem dias antes. De lá pra cá já são 4.041 casos confirmados da doença com 69 mortos. O Planalto Norte computa 273 mortes e 15.838 infectados.

 

 

 

Acompanhe os números do coronavírus na região de Canoinhas

 

 

 

 

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