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Guerra na Ucrânia: Casal que mobilizou Canoinhas já está no Brasil

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Fantástico vai contar a odisseia de Kelly Muller Wilke para buscar a filha na Ucrânia

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Chegou neste sábado, 5, ao Brasil, o casal de brasileiros que mobilizou Canoinhas ao se ver preso na Ucrânia em meio a uma guerra. Os dois e a filha recém-nascida passam bem. Eles foram recepcionados por familiares que pareciam não acreditar no final feliz de uma longa jornada.

O programa Fantástico, da TV Globo, vai contar neste domingo, 6, a história da canoinhense Kelly Muller Wilke e de seu marido, Fábio Wilke, na luta por tirar a filha recém-nascida Mikaela da Ucrânia em meio a guerra que devasta o país desde o dia 24 de fevereiro.

O programa vai destacar Canoinhas, porque foram amigos de Kelly da cidade para onde a paranaense (ela nasceu em Rio Negro) veio morar ainda criança, que conseguiram contato com um parente que mora na Polônia, para ajudar a família a se alojar no país vizinho.

Przemek Wojciechowski é primo da empresária de Canoinhas, Sheyla Sachweh, da GR Soluções Ambientais. Sheyla estava na praia com a amiga Karina Cubas, que é amiga de Kelly e acompanhava a saga dela por meio de um grupo de amigos e familiares da jornalista no WhatsApp. Karina comentou com Sheyla que Kelly e a família haviam conseguido deixar a Ucrânia depois de quatro dias presos no subsolo de um prédio e estavam a caminho da Polônia, sem ter ideia de como fariam ao chegar no país vizinho. Foi então que Sheyla lembrou do primo e fez contato com ele por WhatsApp. Przemek é polonês, mas fala português.

Przemek ajudou família a se alojar na Polônia/Facebook/Reprodução

Ele esperou por 15 horas a chegada do casal e da filha em uma estação de trem. “Przemek nos procurou em todos os trens e nos trouxe até Cracóvia com seu carro e nos instalou em um hotel. Pessoas maravilhosas”, contou Kelly ao JMais. Ela se disse eternamente grata aos canoinhenses que ajudaram sua família.


ODISSEIA

Os três estavam na Ucrânia quando estourou a guerra com a Rússia no dia 24. Desde então a família enfrenta uma verdadeira saga para deixar a Europa. Impedidos de deixar a capital Kiev, onde Kelly e Fábio foram buscar a filha, fruto de barriga de aluguel, os três ficaram abrigados no subsolo de um prédio residencial com mais 30 adultos, oito bebês e três crianças de até 3 anos. A Ucrânia permite a barriga de aluguel apenas para casais heterossexuais oficialmente casados, e é preciso apresentar um laudo médico que ateste a impossibilidade de levar uma gravidez adiante. No caso de Kelly, ela teve um aborto espontâneo e dois partos prematuros com perda dos bebês. O preço médio do procedimento é de US$ 50 mil, praticamente a metade do que é pago nos Estados Unidos, por exemplo.

Após o bebê nascer, ele passa pelo teste de DNA para comprovar que as pessoas que contrataram a barriga de aluguel são realmente os pais. É feita, então, a certidão de nascimento ucraniana, e só depois a criança pode receber na embaixada os documentos brasileiros, que lhe permitem viajar.

No caso de Mikaela, a embaixada brasileira agilizou a documentação e na manhã de segunda-feira, 28, o casal conseguiu deixar Kiev em um trem com destino a Lviv, cidade fronteiriça com a Polônia chamada de “funil da Ucrânia” já que por lá está saindo boa parte da população de mulheres e crianças, já que homens entre 18 e 60 anos, cidadãos ucranianos, estão proibidos de deixar o país já que poderão ser convocados a lutar contra soldados russos.

O voo de volta ao Brasil agendado por Kelly e Fábio estava marcado para domingo, 27, mas foi cancelado assim como todos os voos saindo da Ucrânia. O espaço aéreo ucraniano foi fechado. Eles tentaram deixar Kiev por terra, mas não encontraram veículos disponíveis. “Quem tem carro está sem gasolina. A orientação agora é que ninguém saia porque existe a possibilidade de ataques aéreos. O governo ucraniano disse que se alguém do Exército te encontrar na rua, você será considerado inimigo”, relatou Kelly ao JMais no sábado, 26. Eles conseguiram deixar o local somente na segunda pela manhã, quando terminou o toque de recolher imposto na sexta anterior.

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