Sábado, 24 de abril de 2021
O Globo
Manchete: Governo reduz verba para meio ambiente e cancela o Censo
Obras do Ministério do Desenvolvimento Regional perdem R$ 9,47 bilhões
Apesar da promessa na cúpula do clima de reforçar recursos para combater o desmatamento, o presidente Jair Bolsonaro sancionou o Orçamento de 2021 reduzindo em 35% as verbas do Ministério do Meio Ambiente. Os cortes também levaram ao cancelamento do Censo de 2021. Para analistas, a qualidade do gasto do governo deve piorar. Desafeto do ministro Paulo Guedes, Rogério Marinho foi o mais afetado e viu os recursos para obras em sua pasta caírem R$ 9,47 bilhões. PÁGINAS 17 e 18
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- Cúpula do clima evidencia atraso no Brasil na transição verde
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Folha de S. Paulo
Manchete: Após cúpula, Bolsonaro corta verba do ambiente
Retirada de R$ 240 milhões ocorre depois de presidente prometer mais dinheiro; Salles pede suplementação
Um dia após prometer mais verba para fiscalização ambiental, em fala na Cúpula de Líderes sobre o Clima, Jair Bolsonaro oficializou um corte orçamentário para área relacionada a mudanças do clima, controle de incêndios florestais e fomento a projetos de conservação.
No evento convocado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, Bolsonaro afirmou ter determinado a duplicação de recursos destinados a ações para coibir crimes ambientais. Estimava-se que o incremento ficasse em torno de R$ 115 milhões.
No mesmo dia, porém, ele sancionou o Orçamento de 2021 sem essa alocação extra. Além disso, cortou quase R$ 240 milhões do ministério do Meio Ambiente.
Ainda ontem, a pasta enviou um ofício à Economia em que solicita ampliação orçamentária para a pasta. O documento, encaminhado à Folha pelo ministro Ricardo Salles, requer uma suplementação de R$ 270 milhões para o Ibama (R$ 198 milhões) e o ICMBio (R$ 72 milhões), ambos órgãos federais de fiscalização.
Para atender a Salles, porém, o governo teria de retirar recursos de outros ministérios, uma vez que a previsão para este ano já se encontra no limite do teto de gastos – norma que impede o crescimento de despesas públicas. MUNDO A16
- Biden cita avanços no encontro e ‘notícias encorajadoras’ do Brasil
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Governo retém verba para vacinas e atende Congresso com cortes
Saúde pediu R$ 15 bi e recebeu R$ 2,7 bi; parlamentares terão R$ 33,5 bi em emendas
O Ministério da Saúde pediu R$ 15 bilhões extras para a compra de vacinas, medicamentos de intubação e custeio de leitos de pacientes com covid-19, mas recebeu da pasta da Economia R$ 2,7 bilhões. Para justificar a liberação de dinheiro de forma escalonada e em parcelas menores, a equipe do ministro Paulo Guedes cobrou o envio de informações e usou como um dos argumentos a “possibilidade de arrefecimento da crise aguda com o avanço da vacinação e do recrudescimento do distanciamento social”. A restrição fez a expectativa de compra de kits de intubação cair pela metade e manteve pendentes os pleitos sobre novos imunizantes. No Orçamento da União para 2021 sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, o setor de saúde perdeu R$ 2,1 bilhões, apesar da pandemia. Cortes foram feitos em diversas pastas para preservar acordo que assegurou um total de R$ 33,5 bilhões para emendas parlamentares. METRÓPOLE PÁG. A18 / ECONOMIA B1
- Após promessa de verba para ambiente, redução
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