Cerca de 100 pessoas tiveram de deixar o acampamento por conta de alagamento no local
As famílias indígenas da etnia kaigangue que estavam acampadas em uma área próxima à rodoviária de Mafra, estão agora em um dos abrigos organizados pela Prefeitura, em uma escola da cidade, devido ao fato de que a localidade onde estavam acampados teria registrado alagamento por conta da chuva registrada na região desde o início de outubro.
Em agosto deste ano, algumas famílias teriam fugido de um conflito na região de Chapecó e se instalado no acampamento que já era ocupado por outras famílias indígenas. De acordo com as informações repassadas pelo Executivo mafrense, atualmente são cerca de 100 pessoas que estão recebendo apoio contínuo das autoridades municipais, com o objetivo de garantir seu bem-estar e segurança.
Durante a mudança destas famílias que saíram de Chapecó, no final de julho, eles ainda teriam tentado ocupar uma área que fica no limite entre os municípios de Mafra e Três Barras, próximo a fazenda Batatais. Segundo a liderança da etnia kaigangue, essas seriam terras da União que já teriam sido homologadas para que eles pudessem ocupá-las.
A reportagem do JMais entrou em contato com a Prefeitura de Mafra para saber se, após escoado o alagamento na área onde as famílias estavam acampadas ao lado da rodoviária do município, eles irão retornar ao mesmo local.
A resposta oficial é de que o poder público está em contato constante com a liderança da etnia e com equipes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para definir qual será o futuro destas pessoas, pois, apesar da baixa das águas no acampamento, o espaço ficou muito danificado e com solo muito prejudicado, não sendo possível abrigar as famílias.
