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maio

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Ex-secretário de Obras de Canoinhas é solto com tornozeleira

Imagem:Arquivo

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Nilson Cochask estava preso desde 29 de março

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Foi solto na tarde desta sexta-feira, 2, o ex-secretário de Obras de Canoinhas, Nilson Cochask. Ele estava preso desde 29 de março, um dos 14 alvos da sétima fase da operação Et Pater Filium. Nilson é acusado de compor organização criminosa visando fraudar licitações públicas e documentos do Município. Ele estava detido no Presídio Regional de Canoinhas e foi solto com tornozeleira eletrônica.

O ex-secretário é acusado de ajudar Beto Passos (PSD) a comprar dois caminhões que foram entregues a um suposto laranja, o empresário Joziel Dembinski, para vencer licitações da prefeitura de Canoinhas que seriam fraudadas.

Segundo apurou o Ministério Público (MPSC) na denúncia, Cochask tinha dificuldades em cumprir o acordado com os parceiros. Foi o caso de um dos caminhões que teriam sido adquiridos em Curitiba pela suposta organização. Um deles seria pago por Passos e o outro por Cochask. O ex-secretário, contudo, não cumpriu o acordo e sobrou para Passos arcar com o valor de R$ 362 mil referente aos dois caminhões que foram colocados no nome de Dembinski. Com os veículos, Dembinski venceu vários processos licitatórios da prefeitura de Canoinhas de aluguel dos caminhões para transporte de material para a Secretaria de Obras, sob comando de Cochask.

Nas palavras do colaborador premiado Adelmo Alberti, ex-prefeito de Bela Vista do Toldo, a ideia era otimizar os ganhos com o esquema que já existia, mas com caminhões que de fato pertenciam a ele, já que, segundo Alberti, esquema parecido já existia entre ele e Dembinski.

A investigação mostra vários boletos em nome de Cochask pagos através da conta bancária de Dembinski. Foram mais de R$ 100 mil em contas de Cochask pagas por Dembinski, apurou o MPSC.

“Segundo apurado, em determinado momento, houve um desentendimento entre os integrantes da organização criminosa objeto desta denúncia, supostamente pelo fato de o denunciado Gilberto não ter apoiado adequadamente, desde a fase de planejamento, a candidatura de Nilson ao cargo de vereador no município de Canoinhas nas Eleições de 2020. Além disso, Nilson não teria adimplido a parte dele para a compra dos caminhões, sendo motivo para exclusão dele do grupo criminoso. Em razão desses conflitos, Nilson foi afastado das atividades ilícitas mantidas pelo grupo, embora mantivesse influência na Secretaria de Obras e a denunciada Amanda (Suchara, solta, mas presa depois de supostamente ameaçar testemunhas) tenha continuado a atuar em seu nome, conforme referido nos pontos anteriores desta inicial”, anota o MPSC.

Segundo a denúncia, Cochask chantageava Dembinski, afirmando que se seus boletos não fossem pagos, denunciaria o esquema à Justiça. Por várias vezes, Cochask pediu que terceiros fizessem denúncias contra os acusados, mas sempre omitindo sua participação no esquema.


DEFESA

A reportagem não teve acesso aos termos do habeas-corpus de Cochask, mas em outro pedido que tinha sido negado pelo Superior Tribunal de Justiça, a defesa do ex-secretário alegou que não havia motivos para ele seguir preso ao passo que “não trabalha mais na Prefeitura desde agosto de 2020”. Argumentou, ainda, que “[p]elo fato de não exercer nenhum cargo comissionado na Prefeitura de Canoinhas, o Paciente (acusado) também não pode destruir provas e, caso existissem provas em seu poder, já foram levadas pelo Gaeco”.

A defesa diz ainda que Cochask sofre de doenças graves (cardíacas e psiquiátricas), tendo tido um infarto em 2020, além de delírios persecutórios e ideação suicida, que exigem a ingestão “de 11 remédios por dia, que devem ser administrados em horários diferentes, dificultando o controle pela administração do presídio onde o Paciente se encontra encarcerado”.

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