sexta-feira, 26

de

abril

de

2024

ACESSE NO 

Ex-secretário assassinado denunciou corrupção dentro da prefeitura de Major Vieira

Últimas Notícias

Ele foi um dos delatores de desvios promovidos por ex-contadora

- Ads -

O ex-secretário de Obras de Major Vieira, Sérgio Roberto Lezan, morto a tiros na manhã desta terça-feira, 14, em frente ao ginásio de esportes onde trabalhava no centro de Major Vieira, foi um dos delatores do esquema que a então contadora da prefeitura, Marenize Brocco, teria instaurado dentro da prefeitura. A delação, feita junto com o prefeito Adilson Lisczkovski (Patriotas), desencadeou a operação Conta Zerada, que levou a contadora e seu marido para a cadeia em setembro do ano passado.

O juiz da Vara Criminal da comarca de Canoinhas, Eduardo Vidal, concedeu liberdade provisória à ex-contadora e seu marido em março deste ano. Os dois foram soltos depois de participarem de audiência com o juiz um dia antes. 

O Ministério Público se manifestou contrário ao pedido da defesa dos dois, argumentando que os fatos são graves e que “a ordem pública restará abalada com a soltura da acusada, sendo necessário demonstrar que o crime no Brasil, especialmente os crimes do colarinho branco, não compensam, por isso, entende que se fazem presentes os motivos que ensejaram a decretação da prisão”.

O juiz ponderou, no entanto, que a acusada se desligou do Município de Major Vieira e seus bens estão bloqueados. “O sequestro dos bens, mais o desligamento, demonstram que não há necessidade da prisão para resguardar a aplicação da lei penal e também a instrução (depoimentos de testemunhas), agora encerrada”, disse o juiz que passará, agora, a analisar os depoimentos e provas a fim de estabelecer sentença no caso.

O delegado regional de Canoinhas, Eduardo Borges, disse em entrevista ao JMais que nenhuma linha de investigação está descartada, mas, no momento, não está claro o que motivou o crime.


ET PATER FILIUM

A operação que começou em Major Vieira e levou o então prefeito Orildo Severgnini (MDB) e seu filho a mais de 100 anos de condenação não teve, a princípio, colaboração de Lezan. Toda a documentação referente a operação mostra que a investigação começou de ligações interceptadas durante a Operação Lava-Jato no Paraná que foram remetidos ao Ministério Público de Santa Catarina, sendo entregues ao promotor de Canoinhas, Renato Maia de Faria, que iniciou, a partir de então, a investigação (veja como começou a Et Pater Filium). Não há registros de que Lezan tenha colaborado com a operação.

- Ads -
Olá, gostaria de seguir o JMais no WhatsApp?
JMais no WhatsApp?