Revelação conta de sentença que novamente condenou Adelmo Alberti
MEIOS
A sentença que condenou Adelmo Alberti, pela segunda vez, no âmbito da Et Pater Filium, traz situações minimamente curiosas. Uma delas é a forma que o ex-prefeito de Bela Vista do Toldo usava para se comunicar com comparsas para lá de suspeitos como o empresário Joziel Dembinski. Consta da sentença que o então prefeito usava o celular de seu filho, então uma criança, para conversar com os comparsas no esquema de fraude a processos licitatórios. Especificamente com Joziel Dembinski, que também é seu primo. A ideia era que, se o Gaeco apreendesse seu celular, as tratativas escusas estariam protegidas no celular do filho.
O Gaeco, porém, foi mais esperto e apreendeu, também, o celular do pobre menino. Foi assim que teve acesso a conversas nas quais os dois ficavam bem à vontade para as negociatas.
Em trechos das conversas, Adelmo diz ao comparsa que “Valter quer dinheiro para a caminhonete, qto (…) Tem de dar para o cara arrumar (…) Agora”. Dembinski responde: “O certo era levar lá, senão ele já gasta”. “Veja se cata dinheiro do Valcir”, diz Alberti. “Tem o Diogo também”, “Precisa de dinheiro”, ordena. Dembinski consente: “Tá, vou lá”.
ATIVO
A propósito, Adelmo Alberti quer preservar seu legado como prefeito. Recentemente entrou em uma bola dividida com o ex-vereador Dalvã Miswa (PT) por causa de uma verba destinada, segundo Dauvã, pela deputada federal Ana Paula Lima (PT) para a cidade de Bela Vista do Toldo.
Ao Dauvã comemorar o feito no Facebook, o próprio Alberti entrou para comentar, acusando o ex-vereador de estar fazendo festa com o chapéu alheio, neste caso, segundo ele, com o seu chapéu. Segundo o ex-prefeito, a verba é fruto de um trabalho que ele fez junto aos deputados durante seu mandato. Dauvã apresentou cópia da emenda da deputada petista, mas parece que não convenceu o ex-prefeito.
O LARANJA
Laranja declarado de Marcus Vinicius Brasil Severgnini, o “empresário” Rodrigo dos Santos deu depoimento de casa afirmando que não teria como ir até o Fórum porque não tem nem uma bicicleta, muito menos dinheiro para o ônibus.
“O interrogando está fazendo audiência de sua casa; que a casa do interrogando é alugada; que o interrogando não tem carro, moto, imóvel; que o interrogando não pode ir ao fórum para audiência por não ter condução para ir, não ter dinheiro para pagar ônibus; que não foi o interrogando que abriu a empresa; que quem abriu a empresa foi o Marcus Vinicius; que foi Marcus que abriu a conta em nome do interrogando; que o interrogando não participou de licitação; que o interrogando não sabe o que é uma licitação; que o interrogando não ficou com o cartão da conta, que não teve cheque; que a situação financeira do interrogando é humilde”, consta na sentença que condenou, mais uma vez, o filho do ex-prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini.
NUNCA É TARDE
O ex-vice-prefeito de Canoinhas, Renato Pike, não voltou para a cadeia como se especulava que poderia acontecer, considerando que a misteriosa liberdade conseguida no final do ano passado consta de processo em segredo de Justiça. Quer dizer, ele dificilmente volta para a cadeia tão cedo, isso se voltar.
Foi visto, recentemente, rezando em uma igreja.
INTERVALO
Tanto a Operação Et Pater Filium quanto a Operação Mensageiro ficarão paradas pelos próximos dois meses na região. Ocorre que o juiz titular das duas operações para a comarca, dr Eduardo Veiga Vidal, passará fevereiro e março em Alicante, no sul da Espanha, a fim de frequentar aulas de mestrado em Ciência Jurídica.
DENUNCIADOS
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), denunciou 13 pessoas pela suposta prática de crimes eleitorais entre agosto e outubro de 2022, na cidade de Imbituba, no Sul de Santa Catarina. Conforme o inquérito policial, por 57 vezes, servidores do município teriam utilizado seus horários de trabalho, recursos e veículos da Prefeitura para fazer campanha política em prol de candidatos.
MANTIDO
Em decisão unânime da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), nesta quinta-feira, dia 1º, foi negado o recurso da defesa do prefeito de Guaraciaba, no Oeste do Estado, Vandecir Dorigon, condenado por rachadinha. Eleito em 2020 pelo PSL, Dorigon é réu numa investigação do MPSC quando era vice-prefeito, entre 2013 e 2020. Em primeira instância, ele recebeu uma pena de 4 anos e cinco meses de prisão em regime semiaberto, além da perda do cargo, em julho de 2023. Os advogados, então, recorreram da decisão, mas não conseguiram reverter o quadro.