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Ex-deputado convoca militância para ajudar em tentativa de ocupação em Canoinhas

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Polícia diz que não há mais ninguém no local

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Em vídeo que circula nas redes sociais, um manifestante do Movimento Sem Terra (MST), identificado como Vilson Santin, que também foi deputado estadual de Santa Catarina pelo Partido dos Trabalhadores (PT), entre os anos de 1991 e 1995, convoca militância para prestar apoio aos integrantes do MST que tentaram ocupar uma fazenda na localidade de Valinhos, interior de Canoinhas, neste sábado, 21.

No registro, o ex-deputado alega que a tentativa de ocupação aconteceu em uma área que é, de fato, particular, mas que há dentro do latifúndio um espaço de 600 hectares de área da União. “A tentativa foi de chamar atenção para que encontrem onde é essa área pública e que este terra seja colocada para a reforma agrária”, alegou.

Vilson Santin ainda manifesta no vídeo que a ação de equipes da Polícia Militar que foram acionadas para intervir na situação foi uma “repressão terrível às famílias”. Ao final do registro, ele ainda convoca militância a comparecer no Pré-assentamento Terra Livre, na BR-280, para “dar apoio e força ao MST e às famílias que estão em luta”.

“Eu alerto os companheiros de luta e amigos que a partir de agora, amanhã ou segunda para irem a Canoinhas e dar apoio àqueles que receberam essa repressão nojenta do governo fascista, autoritário e canalha que temos em Santa Catarina”, alegou.



AÇÃO POLICIAL

Equipes da Polícia Militar foram acionadas para intervir na situação e, de acordo com informações oficiais, eram cerca de 70 pessoas que estavam no local durante a chegada das autoridades. Três pessoas que participaram da tentativa de ocupação que tinham alguma pendência criminal ou de contravenção foram conduzidas à Delegacia. Cerca de 25 veículos também estavam no local e os policiais emitiram diversas notificações de condutores não habilitados, além de terem recolhido três dos veículos ao pátio conveniado. Os demais manifestantes seguiram destino para seus locais de origem.

O homem identificado como o líder do grupo foi preso pelo crime de invasão de propriedade e dano. Também foram apreendidos foices, machados e enxadas que os manifestantes estariam utilizando como armas brancas.





NOTA DO MST

Em nota encaminhada à imprensa e à sociedade de forma geral, representantes do MST alegam que a tentativa foi de ocupar cerca de 600 hectares de terra na localidade que, segundo eles, são de terras devolutas. “Queremos apenas a devida desapropriação pelas autoridades competentes, sem conflitos por nossa parte”, diz um dos trechos da nota do MST.

De acordo com o dicionário de termos político-legislativos da Câmara dos Deputados, terras devolutas são terras públicas sem destinação pelo Poder Público e que em nenhum momento integraram o patrimônio de um particular, ainda que estejam irregularmente sob sua posse.

A prefeita Juliana Maciel Hoppe chegou a gravar um vídeo em que refuta essa tese de que se trata de terras devolutas. Segundo ela, trata-se de uma área particular e produtiva. Essa propriedade fica ao lado de um assentamento ocupado pelo movimento desde o começo dos anos 2000.

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