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“Era o Pike quem mandava na Prefeitura”, diz Crystian Mokva em depoimento na Maus Caminhos

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Ele é acusado de integrar organização criminosa

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o empresário Crystian Mokwa, representante da Prado & Prado, empresa acusada de pagar propina para facilitar vitória em licitações em Canoinhas, depôs na tarde desta quarta-feira, 31. Acompanhe os principais momentos do depoimento:

13h25: Chrystian admite que procurou a Prado & Prado porque não tinha documentação para participar de processos licitatórios na prefeitura de Canoinhas.

13h30: Ele conta que ganhou a licitação de R$ 4 milhões com a Prado & Prado. Pike teria se surpreendido ao saber que ele era o representante da empresa. Pike estaria alterado ao chamá-lo. Eles teriam discutido. Foi então que, segundo ele, Pike teria dito que ele poderia seguir com a obra se pagasse pedágio de 8%. Ele relutou, mas aceitou. Se emitisse uma nota fiscal teria de pagar uma porcentagem da nota. “Comecei a atrasar o pagamento do pedágio e isso foi acumular ao ponto que não tinha o que fazer, ou pagava pedágio ou tocava a obra”.

13h36: Mokva diz que começou uma briga entre ele e Pike. Na chácara de seu pai, ele gravou a conversa com o ex-vice-prefeito.

13h37: Diz que implorava para que João Linzmeier fizesse medições das obras, mas ele dizia que tinha de ter um ok do Pike. “Ele criou uma forma de garantir o pagamento do pedágio”, afirma. Mokva diz que falou a Pike: “vocês estão recebendo mais lucro que a própria empresa”. Para ele, era uma forma de sufocar a empresa para ela não seguir com a obra. Diz ainda que chegou-se ao ponto de ele ter de pagar a propina antes de emitir a nota fiscal.

13h42: “Quando disse certa vez a ele iria denunciá-lo, Pike mostrou uma foto no celular em que estava com o promotor Renato (Maia de Faria), a Dominique (sua sobrinha, juíza de direito da comarca de Canoinhas à época) e uns três policiais. Ele perguntou: pra qual destes você vai denunciar?”.

13h48: “Ele me passava que tinha poder sobre o jurídico, PM e prefeitura. Do Jurídico por ter a sobrinha juíza e por ser amigo pessoal do promotor”, diz.

13h50: ele detalha a ação costumeira de desligar o celular e colocá-lo dentro da geladeira antes de reuniões com Pike.

14h: Mokva afirma que pagou mais de R$ 1 milhão em propina para Pike.

14h02: Pike teria mandado Mokva entregar R$ 20 mil na sala de Beto Passos. Ele diz que colocou em uma gaveta.

14h04: Pike mandou ele se sumir em determinado dia porque ocorreria uma “batida” no dia seguinte. Porém, nada ocorreu. Ele não sabe como Pike sabia disso. Ele não contava.

14h06: Três meses antes da prisão de Pike, Mokva diz que pediu reequilíbrio econômico financeiro.

14h15: Pike dizia, somente, que dividia o dinheiro da propina com Beto Passos e Diogo. Nunca ele dizia que o dinheiro ficaria com ele. Pike afirmava a ele que Passos não gostava dele.

14h19: sobre trocar cheques na lotérica de Marcos Granemman, ele afirma que trocava por dinheiro vivo somente porque os bancos não tinham dinheiro para entregar para ele. Em troca ele diz que comprava um bolão depois de fazer a troca. “Nunca troquei cheque com o Marcos. Era por transferência bancária que se dava a troca”, afirma contrariando a denúncia. Afirma, ainda, que Marcos não sabia de seus esquemas ilícitos. “Não era ilícito, era somente uma transferência bancária” garante.

14h25: o juiz pergunta porque ele não pedia previsão no banco a fim de evitar o expediente da lotérica. “Porque eu não sabia quando iam pagar minhas notas. Cheguei a conseguir fazer previsão e mesmo assim pegar dinheiro do Marcos”.

14h30: “Em nenhuma vez o Beto Passos me pediu propina. Minha conversa era com o Pike”, diz respondendo a questionamento da promotora.

14h35: sobre a Prado & Prado ele diz que alocava maquinário da SMK, empresa de seu pai, e a Prado & Prado entrava com a parte técnica. “Sou procurador deles”.

14h45: Mokva detalha todas as vezes em que pagou propina a Pike e Diogo Seidel.

15h: Chrystian diz que o pai o ajudou ao emprestar a empresa SMK pra ele e entregar, a pedido dele, envelopes com dinheiro para Diogo e Pike.

15h01: ele nega ter pagado o valor de R$ 120 mil para “comprar” a vaga de João Linzmeier como secretário. Ele diz que de fato Pike disse isso a ele, que Beto exigia os R$ 120 mil pelo cargo, mas que era invenção do ex-vice-prefeito. Sobre aumentar medição de modo fictício para aumentar a propina, ele confirma ser verdade.

15h05: depois de uma briga bem pesada, Mokva diz que Pike perguntou a ele se as filhas dele ainda estudavam em Joinville. Diz ter encarado como ameaça.

15h08: advogado de Passos e Granemman pede que Mokva deixe claro o destino do dinheiro que era retirado da lotérica. Ele afirma que fazia a troca para pagar funcionários e fornecedores. Afirma também que a compra de bolões não era uma condição para fazer a retirada em espécie.

15h19: Mokva diz que, “com certeza, não ofereceu propina a Diogo”. Cedo, Diogo Seidel afirmou que foi convencido por Mokva a entrar no esquema.

15h25: Mokva afirma que não foi favorecido em nenhuma licitação das quais participou na prefeitura de Canoinhas. Diz que repassava cobranças de fornecedores a Prado & Prado que, por sua vez, lhe fazia os pagamentos. Afirma que Osni Prado soube do esquema de propina uma semana antes das prisões da sétima fase da Et Pater Filium.

15h33: Mokva afirma que crê que apenas uma pequena parte do dinheiro entregue a Pike iria para Beto Passos.

15h38: indagado pelo advogado de Pike, Mokva diz que não tem provas de entrega de envelopes com dinheiro para o ex-vice-prefeito.

15h55: Mokva admite que ao entregar propina a Diogo, disse para ele pegar parte para pagar suas contas, contanto que repusesse o valor adiante. Ele disse que chegou a receber pedidos de dinheiro de Diogo.

15h56: encerrado o depoimento.

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