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Entenda como funciona a mente dos cães

Imagem:Arquivo

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Saiba quais lembranças eles são capazes de guardar

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Mesmo depois de muitos anos, humanos dificilmente se esquecem de seus pets. Mas você já parou para pensar se isso é recíproco? Os “lambeijos”, pulos de felicidade e o companheirismo dos cachorros até poderiam ser o suficiente para responder esta pergunta, entretanto, a reportagem foi além e decidiu conversar com especialistas para compreender mais sobre a mente e a memória canina. 

Estruturalmente, cães possuem regiões cerebrais correlacionadas à memória semelhantes aos humanos, assim como alguns dos padrões de ativação destas áreas. Ainda assim, mesmo com um modo de funcionamento parecido, a capacidade de armazenamento de lembranças desses bichos é bem diferente da nossa. 

Há diversas teorias para explicar como a mente dos cachorros funciona. Uma delas, conhecida como “presente eterno”, acredita que eles não são aptos de realizar “viagens temporais mentais” através de memórias episódicas.

“É como se fossem capazes de memorizar pequenos eventos aleatórios por certo período, mas logo se esquecem. Parece que eles têm uma predisposição a entender melhor o que queremos deles no ‘aqui’ e ‘agora’. Por outro lado, há evidências de que os episódios nos quais são protagonistas e correm risco podem se destacar. Sabemos, por exemplo, que canídeos, especialmente raposas, conseguem se lembrar por dias ou semanas exatamente do local onde enterraram sua comida”, afirma Vinicius Campos, biólogo e adestrador.

Como explica Leonardo Zerbone, neurologista e neurocirurgião veterinário, os peludos elencam suas prioridades, de forma inconsciente, para decidir o que será registrado. “Eles guardam momentos de curto e longo prazo dependendo do grau de relevância e necessidade de sobrevivência ambiental. O impacto destes fatores, frente à realidade de cada bicho, é o que ‘facilita’ armazenamento das informações”, diz.

Uma das principais habilidades que auxiliam a memória dos cães está relacionada ao olfato. Na primeira fase da memorização, chamada de codificação, o animal aprende a associar o cheiro com a emoção gerada pelo evento ambiental. Como explica o biólogo Pedro Lima, este processo envolve estruturas neurais responsáveis por vários processos cognitivos, incluindo memória, emoções e aprendizado associativo. 

“Enquanto nós, seres humanos, dependemos principalmente da visão, os cães combinam a visão e o olfato para avaliar o ambiente e se comunicar entre os indivíduos da mesma espécie. Por meio do cheiro, eles conseguem adquirir pistas cruciais para facilitar a recordação de memórias sobre a localização dos alimentos, evitam o ataque de predadores, encontram potenciais parceiros sexuais, identificam a hora em que seus tutores estão chegando em casa, etc.”, afirma o especialista. 

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