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Engenheiro agrônomo dá dicas de manejo de plantas de cobertura implantadas após cultivo do Tabaco

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Solo sem cobertura é a principal causa de inúmeros problemas

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No final de janeiro e início de fevereiro, algumas lavouras de tabaco já encerraram seu período de produção; todas as folhas são retiradas e apenas o talo da planta fica na lavoura. Pensando nisso, o engenheiro agrônomo Eduardo Neves Vieira, da equipe do escritório da Epagri em Irineópolis, preparou algumas dicas para auxiliar os produtores.

“Nesse período do ano, deve-se tomar o cuidado de não deixar o solo descoberto. O solo sem cobertura é a principal causa de inúmeros problemas, entre eles a erosão e degradação do solo, além de plantas daninhas, doenças e pragas que se multiplicam nessa época”, lembra o agrônomo.


Confira as orientações:

Deve-se cortar o talo rente ao chão, de maneira que o corte deixe a planta suja de terra para que os fungos e bactérias de solo a contaminem, impedindo a planta de rebrotar e degradando a raiz. Em seguida semear as seguintes plantas de cobertura:

  • Milheto: 15 kg/ha
  • Sorgo: 15 Kg/ha
  • Braquiária: 5 Kg/ha
  • Capim Sudão: 25 Kg/ha
  • Crotalária: 6 Kg/ha

Preferencialmente utilizar a mistura de espécies para aumentar a eficiência do sistema, e lembramos que quanto maior a quantidade de raízes, melhores resultados serão alcançados, por isso a grande quantidade de sementes na recomendação acima.

No final de janeiro e início de fevereiro todas as espécies têm bom desempenho, mas do fim de fevereiro em diante, o Capim Sudão tem melhor desempenho, germinando melhor e finalizando o ciclo normalmente. Ao contrário do milheto, sorgo e braquiária, que necessitam de temperaturas mais altas.

Em maio, será implantada a cobertura de inverno normalmente, dando preferência para a mistura de espécies como Aveia, Centeio, Ervilhaca, Nabo, Ervilha, utilizando para a semeadura alta densidade de sementes para obter grandes quantidades de raízes, que são verdadeiros subsoladores do solo e abrigo para a vida dos microorganismos que vão combater as pragas e doenças da próxima safra.

Na safra de verão, para fazer a rotação de culturas corretamente seria indicado o cultivo de milho, porém sabe-se que muitos fumicultores não dispõem de área para isso. Daí a importância fundamental de se fazer o plantio das plantas de cobertura de verão antes das de inverno, servindo como uma safrinha de raízes para o solo.

“Amigo fumicultor, muitas vezes esse é o único momento para investir no solo, porque a terra é generosa, mas não aguenta só tirar produção e não repor”, ressalta Eduardo Neves Vieira.

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