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abril

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2024

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Empresa citada na Et Pater Filium tem ônibus envolvido em atos de vandalismo em Brasília

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Veículo foi apreendido a mando do Supremo Tribunal Federal (STF)

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Após o vandalismo causado por bolsonaristas radicais no domingo, 8, em Brasília, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou o bloqueio a apreensão de 87 veículos estacionados na região da Granja do Torto que, segundo o magistrado “trouxeram os terroristas para o Distrito Federal”. Entre os veículos está um ônibus Scânia Paradiso registrado em nome da Bitur Transportadora Turística Ltda, de Bituruna (PR). A empresa, que tem filial em Porto União, opera há décadas no setor de transportes.

O ministro determinou que os proprietários fossem ouvidos e obrigados a apresentar a “relação e identificação de todos os passageiros, dos contratantes do transporte, inclusive apresentando contratos escritos caso existam, meios de pagamento e quaisquer outras informações pertinentes”.

A Bitur tem sede em Bituruna e filial em Porto União. O ônibus teria partido de Porto União, onde o sócio-administrador Ilson Ravanello foi apontado como o responsável para dar um posicionamento a respeito do episódio. Ele não estava no momento em que o JMais telefonou para o escritório da empresa. Até o fechamento desta reportagem ele não tinha retornado o pedido de contato.

ET PATER FILIUM

Ravenello foi citado na operação Et Pater Filium, que descortinou um vasto esquema de corrupção envolvendo prefeituras do planalto norte catarinense. Interessado em disputar licitação para contratação de ônibus para o transporte escolar em Canoinhas, ele foi acusado de receber uma caminhonete Hilux no valor de R$ 200 mil da família Dams, proprietária da Transportes e Fretamentos Santa Cruz, para abandonar o certame em 2017.

Em depoimento ao Ministério Público, Ravanello admitiu que participou do certame de 2017, mas afirmou que desistiu ao perceber que obstáculos eram apresentados nos editais aparentemente para impedir a participação de sua empresa. Coincidentemente, em seguida, ele adquiriu uma caminhonete Hilux em uma concessionária de Canoinhas. Ele afirmou que o veículo foi fruto do dinheiro do seguro pago por uma Amarok na qual ele se acidentou. Ele anexou o boletim de ocorrência do acidente e a nota fiscal da caminhonete que ele usava quando se acidentou e da Toyota comprada com três cheques da Bitur, além de um financiamento para quitar o veículo.

Posteriormente esse veículo foi vendido para a mesma concessionária como entrada em uma SW4 que, segundo ele, vem sendo paga até hoje.

A suspeita sobre Ravanello partiu do depoimento de um dos colaboradores premiados, que afirmou ter ouvido de Wilson Dams, proprietário da Santa Cruz, que tinha dado a caminhonete a Ravanello para que ele abandonasse o certame. “Ele veio aqui não para ganhar a licitação, ele veio aqui para tirar dinheiro dos caras, e tirou”, afirmou Miguelangelo Hiera, proprietário de uma empresa do ramo de transportes.

A denúncia oferecida pelo Ministério Público sobre as linhas de transporte escolar em Canoinhas foi aceita pela Justiça, mas ninguém foi sentenciado pelo caso. Ravanello segue como réu citado na ação.

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