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Em 2019, Leoberto Weinert alertou para riscos de Passos inviabilizar contas

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Ele se referia ao saco de bondades do prefeito para com os professores

EU AVISEI

COLUNA DE DOMINGO Leitor assíduo da coluna me lembrou que em 2019, no mais descarado estilo “eu avisei”, o ex-prefeito de Canoinhas, Leoberto Weinert (MDB), concedeu entrevista à coluna e chamou a atenção para os riscos de Beto Passos inviabilizar as contas públicas no futuro ao ressuscitar assuntos que eram mais ou menos ponto pacífico. “Retomar alguma coisa hoje que inviabilize o governo amanhã (é um erro). Triênio, esse é um projeto para acabar com Canoinhas. Vai beneficiar alguns funcionários que aceitaram fazer um concurso (sem previsão de triênio). (Passos) está cumprindo uma promessa absurda que vai inviabilizar o Município. Você não pode administrar o Município com a barriga, nem com o coração. Você tem de administrar com projetos”, disse.

Naquele momento havia entrado em vigor o pagamento de triênio para os concursados a partir de 2007. Como bem lembrou Weinert, lei aprovada no seu governo cortou o benefício para quem concursasse a partir de 2007. A partir de então, os concursados que não recebiam o benefício passaram a ter o direito ao bônus concedido a cada três anos. “Vai acontecer, daqui a três ou quatro anos vai acontecer um colapso. Que tipo de administrador é esse que não pensa no amanhã?”, questionou Weinert. Ainda naquele momento o governo Passos havia concedido progressão por graduação aos professores, questão antes judicializada no Município.

O alerta de Weinert se revela, agora, profético, quanto o governo tem grandes dificuldades em manter a folha de pagamentos, porém, Passos culpa justamente ele por seu ocaso. Segundo o governo, no ano passado, uma conta de R$ 1 milhão mensais foi imposta pela Justiça por causa de uma promessa incluída no Plano de Cargos e Salários do Magistério não cumprida pelo ex-prefeito.



ENTENDENDO

Em 2011, O Plano de Cargos e Salários aprovado previa uma progressão na carreira por titulação. Quando um professor concursa para o Município, recebe o piso da categoria (R$ 2,8 mil hoje). Historicamente, o Município concedia o piso nacional do magistério para este nível e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para os demais. Porém, o Sindicato dos Servidores entrou com ação alegando que toda a planilha de remunerações deveria ter o mesmo percentual de aumento do piso nacional do magistério e não só o nível 1, o mais baixo da categoria. O Judiciário acatou essa alegação do Sindicato e é justamente esse benefício adquirido judicialmente que Weinert teria deixado de pagar e que, agora, a mesma Justiça obriga o Município a pagar.

Com o aumento refletindo em toda a carreira, pelo último reajuste concedido na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro, todos os professores do Município receberiam um aumento de 33%. Quem ganha R$ 8 mil hoje, por exemplo, passaria a ganhar R$ 10.640.

Hoje, mesmo sem reajustes, o Município recebe em média R$ 40 milhões por ano de Fundeb (dinheiro do governo federal), mas gasta R$ 65 milhões com folha de pagamentos só da Educação.



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