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Educação financeira é coisa de burguês?

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Diversos estudos comprovam que a falta da educação financeira adequada é um dos agravantes dos problemas sociais

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André Ramon Flenik*

Viralizou nas mídias a fala da ex-candidata à presidência da República Luciana Genro (PSOL-RS) afirmando que o ensino de educação financeira nas escolas públicas seria “ridículo, porque o problema das finanças das famílias não é de educação financeira e sim da falta de dinheiro”.  Engrossando o discurso da Psolista não são raras as publicações nas redes sociais contra as disciplinas de finanças, administração ou empreendedorismo para alunos da rede pública. Algumas citando que essas disciplinas seriam um “instrumento da burguesia para a dominação da classe trabalhadora”.

Diversos estudos comprovam que a falta da educação financeira adequada é um dos agravantes dos problemas sociais. Fatores como gastos descontrolados e não planejados geram o endividamento e consequente empobrecimento. Fato que se agrava em jovens de baixa renda que estão adentrando no mercado de trabalho. Outros estudos relacionam uma educação financeira adequada com a melhoria da qualidade de vida no longo prazo de populações que receberam conhecimentos básicos para uma vida financeira sustentável e bem planejada.

Outro termo discriminado por alguns grupos ideológicos é o empreendedorismo. Há de se ressaltar que empreendedorismo ou termos correlacionados se tornaram “mantras sagrados na boca de pseudocoaches messiânicos” que banalizaram o significado destas palavras. Conhecer o empreendedorismo, seus riscos e suas técnicas diminui  as chances de se cair na falácia de aproveitadores e aumentam as chances de novos negócios  bem-sucedidos.  Diferente do que se perpetua até mesmo em ambientes universitários, o empreendedorismo é sim uma importante ferramenta para a melhoria das condições sociais. Ações empreendedoras podem visar o lucro ou a subsistência de uma pessoa, como também podem ser uma forma de solucionar um problema social de uma comunidade.  Hoje no Brasil desenvolvem-se inovadoras formas de Empreendedorismo Social nos bairros mais pobres, quando nem sempre o lucro é prioridade e sim a solução de uma demanda social de um determinado grupo, unido através do cooperativismo ou associativismo.

Diferente do discurso ideológico proferido pela deputada, sempre será necessário realizar uma boa gestão dos recursos existentes. Ter conhecimentos fundamentais de empreendedorismo ou finanças possibilita ao aluno planejar sua vida, conhecer fontes de recursos e quem sabe abrir um empreendimento que melhore sua vida e a de outras pessoas ao seu redor!

*André Ramon Flenik é engenheiro eletricista, MBA em Gestão de Projetos e mestrando em Administração

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