domingo, 28

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abril

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2024

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Delação de Alberti implica seu vice no mandato passado

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Carlinhos Schiessl foi um dos maiores críticos do ex-prefeito depois que os dois romperam

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Fruto da delação premiada do ex-prefeito de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti, denúncia oferecida pela Ministério Público (MPSC) foi aceita pelo juiz criminal Eduardo Veiga Vidal, que julga os processos da Et Pater Filium, em agosto deste ano desencadeando a oitava fase da operação. Entre os nomes delatados, uma novidade: o ex-vice-prefeito de Bela Vista do Toldo (2016-2020) Carlinhos Schiessl, que na eleição de 2020 seria adversário de Alberti na disputa pela prefeitura de Bela Vista do Toldo. Os dois romperam ainda durante o mandato em que Schiessl era vice de Alberti. Agora, o ex-prefeito implica o desafeto em uma nova denúncia.

O processo segue em segredo de Justiça, mas a Rádio Clube divulgou na manhã desta terça-feira, 11, que a delação tem a ver com “lavagem de dinheiro”. Segundo a emissora, a denúncia oferecida no início de agosto pelo MPSC indica que o ex-prefeito revelou que Schiessl teria recebido um terreno em acerto que faria parte de esquema entre Alberti e um empresário citado na denúncia. Alberti teria recebido cinco lotes como propina e entregue um dos lotes a Schiessl. Ele é acusado pela prática de crime de lavagem e ocultação de valores. Caso condenado a pena tende a ser de três a dez anos de prisão.



CONTRAPONTO

Matsuo Fujita, advogado que defende Schiessl, ressaltou que o MPSC fez a denúncia apenas com base na delação de Alberti. “Não é verdadeira a acusação, o acusado está à disposição da Justiça para colaborar, tudo será esclarecido e a absolvição será a medida a se impor”, concluiu.

Em um vídeo postado nas redes sociais, Schiessl admite ter recebido o lote de Alberti, mas afirma que foi o pagamento de uma dívida de R$ 12 mil assumida pelo então prefeito junto a ele. Segundo Schiessl, quando ele cobrou a conta de Alberti, o então prefeito mandou o empresário Aristeu Rocha até sua casa para oferecer o terreno como pagamento da dívida. “Emprestei R$ 12 mil para a campanha do César Dreher e da Maria para pagar em poucos dias. Aí ele mandou o Rocha e a mulher dele em minha casa oferecer o terreno (…) Aceitei o lote, que nem tenho mais, já vendi para a frente”, afirmou. Assista o vídeo na íntegra no player abaixo:

Schiessl diz que acredita na Justiça e que vai provar sua inocência.

Procurado pela reportagem, Aristeu Rocha disse que não vai se posicionar a respeito publicamente e que está respondendo às acusações nos autos do processo.


PRISÕES

A acusação contra Schiessl está atrelada à oitava fase da operação Et Pater Filium. Além do vereador Vilson Stelzner (UB), o empresário João Pereira de Lima Sobrinho também foi preso em 19 de agosto deste ano.

Tanto Stelzner quanto Sobrinho são acusados de disponibilizar suas empresas ligadas a área de maquinários para Adelmo Alberti promover fraudes.

Sobrinho e a esposa, Elenice Mara Koch de Lima, são proprietários da Koch & Lima Transportes e Serviços Eireli. Eles são acusados de, em conluio e sob a orientação dos demais envolvidos, frustrarem o caráter competitivo de licitações da prefeitura de Bela Vista do Toldo combinando valores e desviando recursos públicos por meio de lavagem de dinheiro. Sem ter todo o maquinário que declaravam ter, estas empresas revezavam os equipamentos que estariam, de fato, sob controle da suposta organização criminosa, acredita o MPSC. Tanto Stelzner quanto Sobrinho conseguiram  habeas-corpus dez dias depois.

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