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Concursos Públicos: A realidade diante do sonho

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O número de oportunidades que surgem durante um ano não é o bastante para atender nem 1% dessa população

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Tornar-se funcionário público é o sonho de inúmeras pessoas e os motivos são os mais diversos:

Salário garantido, direitos trabalhistas respeitados, plano de saúde, vale alimentação e/ou refeição, facilidade para obtenção de crédito bancário, finais de semana e feriados livres (exceto em serviços essenciais relacionados à saúde ou segurança), e até mesmo o falso pensamento de que funcionário público não trabalha.

A verdade é que em um país onde há mais de 9 milhões de pessoas desempregadas (dados do IBGE, referentes a outubro de 2022), não é de se admirar que uma grande parcela da população sonhe em ter um emprego formal e seguro para cuidar da sua família.

VAGAS LIMITADAS

Infelizmente, o número de oportunidades que surgem durante um ano não é o bastante para atender nem 1% dessa população.

Em 2023, por exemplo, a expectativa é que sejam abertas 55 mil vagas, divididas entre vários Estados e para diversos níveis de escolaridade.

Para quem não tem nível superior, as oportunidades são menores.

Para quem não tem ensino médio, são reduzidas a um percentual lamentável.

PÁREO DURO

A concorrência, na maioria dos casos, é grande, e os mais preparados são os que garantem as primeiras colocações, e por consequência, os que conseguem tomar posse nos cargos e funções públicas.

Dizer que as chances são iguais para todos não seria correto, nem justo.

Quem estuda em boas escolas e/ou não precisa trabalhar por tempo integral, tem mais estrutura e/ou tempo para se dedicar à preparação para as provas e, certamente, mais possibilidades de alcançar notas melhores do que a grande maioria das pessoas. Isso, no entanto, não significa que não seja possível garantir uma boa colocação, ainda que estudando em condições adversas.

A força de vontade, a determinação e a confiança têm um peso muito grande no resultado final de cada prova.

A ESCOLHA

Para quem vai começar uma jornada concurseira, uma dica útil é: Saiba qual concurso público prestar. Há concursos que são disputados por pessoas que estão há anos tentando conquistar um cargo específico. Essas pessoas, geralmente, já são funcionárias públicas e estão galgando novos objetivos.

Os concursos de nível médio costumam oferecer salários menores e, por isso, são concorridos entre pessoas que ainda não estão há tanto tempo na jornada de estudos para concursos. Isso aumenta as chances de quem está disputando uma vaga no serviço público.

Os benefícios são maiores do que os imaginados e estão muito além da remuneração para quem consegue alcançar a nomeação.

A RECOMPENSA

Um dos principais privilégios que uma pessoa concursada obtém é a estabilidade e a segurança para poder investir em outros sonhos e oportunidades.

Quando se tem a certeza do salário no começo do mês, é possível dar passos mais ousados em direção a outros planos.

Muitos concurseiros se tornam professores e ajudam outros estudantes a alcançarem seus sonhos. Outros aproveitam o tempo para fazer faculdade e/ou continuar investindo nos estudos para outros concursos. Há, também, os que aproveitam a segurança do serviço público para se arriscarem no empreendedorismo, sem tanto medo de errar.


POSSIBILIDADES

Embora a grande maioria dos concursos não ofereça salários exorbitantes, quem garante um espaço no serviço público consegue expandir horizontes e conduzir outras atividades em conjunto, sem interferir no exercício da função.

Os negócios digitais por exemplo, tem sido um dos campos onde os funcionários públicos mais tem atuado para conseguir aumentar a receita doméstica, e muita gente acaba se especializando no ramo, oferecendo até cursos e treinamentos para quem também quer entender sobre como funciona o marketing digital e outras oportunidades do universo virtual.


OS “MENOS DIFÍCEIS”

Concursos de prefeituras, câmaras municipais ou companhias locais de trânsito, metrô ou universidades costumam ser mais fáceis do que concursos para tribunais e outros de nível federal.

Os concursos que envolvem a área jurídica, por exemplo, mesmo quando são voltados para funções que exigem apenas o Ensino Médio, costumam ser disputados por pessoas que já possuem formação superior. Na “fila” para aprovação, há bacharel em direito, advogado especialista em seguros, professor de direito constitucional, e até escritor de livro sobre direito financeiro.

Muita gente que já tem uma carreira consolidada acaba prestando concursos para Tribunais, Ministério Público, Conselhos, órgãos federais e diversos outros que pagam salários e benefícios muito atraentes.

Tentar um concurso desses logo nos primeiros meses de estudo pode ser um pouco frustrante e desanimar o candidato antes mesmo dele começar sua jornada concurseira, por isso o ideal é iniciar pelos editais mais simples.

Com o tempo, o candidato começa a se sentir mais seguro, cria o hábito de estudar e aprende técnicas de otimização dos estudos e de gestão de tempo.

As chances vão aumentando a cada edital estudado, pois o aprendizado é cumulativo.

A fórmula não é outra: Estudar até passar.

Não é fácil.

E não é impossível.

Redação: 

Bruna Bozano. Começou sua jornada concurseira aos 17 anos. Estudou em escola pública. Não acessou cursos preparatórios. Aos 34, conta com 6 nomeações em concursos públicos.

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