A secretária de Educação, Sônia Grosskopf, explica a função dos vigilantes
Parte das 38 escolas e centros de educação infantil (Ceis) de Canoinhas contam com vigilantes já há duas semanas. Apenas as escolas do interior ainda não receberam os profissionais da segurança, mas em contrapartida recebem atenção redobrada da Polícia Militar (PM), como destacou a secretária de Educação de Canoinhas, Sônia Grosskopf, em entrevista ao Cidade Ao Vivo concedida na quinta-feira, 27.
“Não estamos resolvendo os problemas, mas estamos dando tranquilidade às pessoas”, comentou a secretária ao explicar que os ataques são imprevisíveis, mas que é necessário estabelecer medidas de prevenção.
Os vigilantes, porém, não possuem porte de arma, diferente dos rumores que circularam nas redes sociais quando a informação de que atuariam nas escolas começou a circular.
Sônia explicou que a função dos vigilantes está em promover uma rede de segurança e prestar atenção em todo o entorno da escola, adiantando-se a possíveis ações.
BOTÃO
Além dos vigilantes, as instituições de ensino começaram a adotar o botão de emergência. Os diretores das escolas estão instalando botões, que servem para acionar uma sirene caso algum ataque ocorra. O dispositivo já está em funcionamento na escola Gertrudes Müller.
De acordo com a secretária, a perspectiva é que toda a comunidade escolar, ou seja, as pessoas que estão na escola e aquelas que moram ou trabalham nos arredores, façam parte da segurança, conversando e trocando informações que possam proteger as crianças e adolescentes. Ao soar o alarme, os moradores do entorno, além da comunidade escolar, têm de estar alerta para a necessidade de acionar a Polícia. Um teste acidental foi feito na semana passada. Uma das serventes bateu sem querer no botão e em poucos minutos viaturas da Polícia Militar já estavam na escola. Desfeito o mal entendido, ficou o aprendizado.
É NECESSÁRIO EXPOR OS PROBLEMAS
Ao ser questionada sobre a necessidade de combater o bullying nas escolas, Sônia destaca que “como educadores, não podemos colocar panos quentes, temos que dialogar e expor que os problemas, como o bullying, existem”.
Com isso, a secretária afirma que a existência de problemas nas escolas devem ser encarados como uma realidade que pode ser modificada, ao invés de fazer de conta que não existem.
A Polícia Militar, conforme informou a secretária, estará presente nas escolas fazendo palestras e conversando com os pais sobre o que observar nas crianças e adolescentes, como comportamentos agressivos ou que demonstram isolamento exagerado, bem como o que pesquisam nas redes sociais e com quem se relacionam.
ASSISTA A ENTREVISTA COM A SECRETÁRIA SONIA (A PARTIDO DO MINUTO 56’35”):
