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Casos de dengue avançam em SC e autoridades alertam para cuidados

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Canoinhas já registrou três casos da doença

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Canoinhas registrou, somente neste início de 2024, três casos de dengue segundo o Ambulatório Municipal de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Canoinhas. Os pacientes, dois homens e uma mulher, possuem registro de viagem. Apresentaram febre, dores nas articulações e manchas avermelhadas, mas se recuperaram em casa, sem necessidade de hospitalização.  

“Apesar dos sintomas leves da doença nestes pacientes, a situação é preocupante porque dengue pode, sim, matar. Quem vai querer contrair a doença para saber que terá sintomas leves ou complicações?”, pondera a bióloga Cristina Brandes Grosskopf.

O número de casos de dengue vem aumentando expressivamente em Santa Catarina nos últimos anos. Por isso, a Secretária de Estado da Saúde por meio da Superintendência de Urgência e Emergência realizou uma web aula para todos os profissionais da saúde com o objetivo de apresentar o cenário epidemiológico, diagnosticar e intervir precocemente, tratar adequadamente e orientar os pacientes.

O principal papel da rede de urgência e emergência frente à doença é evitar o óbito, pois a dengue pode evoluir rapidamente para casos graves, especialmente se não for identificada e tratada precocemente.

“A dengue é uma doença infecciosa, endêmica (calor e chuva), aguda, sistêmica e dinâmica, que pode apresentar um amplo espectro clínico e variar de casos assintomáticos a graves, podendo evoluir a óbito”, explica o médico Antônio Augusto de Santana, infectologista e intervencionista do Serviço Atendimento Médico de Urgência (Samu).

De acordo com os dados apresentados por Antônio Augusto durante a aula, em relação aos óbitos em Santa Catarina, em 2016 tivemos dois óbitos, 2022: 90 óbitos, 2023: 98 óbitos. Quanto ao perfil dos óbitos, a incidência maior ocorre em homens acima dos 60 anos e mulheres acima dos 30 anos. As comorbidades mais frequentes entre os óbitos de dengue, independente de grupos etários, foram a hipertensão e o diabetes.

A doença pode ser assintomática ou pode evoluir até quadros mais graves, como hemorragia e choque. Na chamada dengue clássica, que deve ser notificada, a primeira manifestação é febre alta (39° a 40°C) e de início abrupto, usualmente seguida de dor de cabeça ou nos olhos, cansaço ou dores musculares e ósseas, falta de apetite, náuseas, tonteiras, vômitos e erupções na pele (semelhantes à rubéola), que pode durar de cinco a sete dias (máximo de 10).

“O tratamento é realizado a base de analgésicos e antitérmicos e pode ser feito no domicílio, com orientação para retorno ao serviço de saúde. Também são indicados hidratação oral com aumento da ingestão de água, sucos, chás e soros caseiros”, ressalta o infectologista Antônio Augusto.

Ele destaca que não devem ser usados medicamentos com derivados do ácido acetilsalicílico (AAS) e anti-inflamatórios derivados, por aumentar o risco de hemorragias. No que se refere à dengue hemorrágica, o tratamento é realizado a partir de internação hospitalar do paciente.

Nos casos graves, o choque geralmente ocorre entre o terceiro e o sétimo dia de doença, geralmente precedido por dor abdominal. O choque é decorrente do aumento de permeabilidade vascular, seguida de hemoconcentração e falência circulatória.

A dengue hemorrágica não tem relação com a baixa imunidade do organismo infectado. As formas mais graves poderiam estar associadas a uma “excessiva” resposta imunológica do organismo ao vírus, causando uma espécie de hipersensibilidade que acarretaria na produção de substâncias responsáveis pelo aumento da permeabilidade vascular.


VIGILÂNCIA

A Secretaria de Saúde de Canoinhas mantém a vigilância em 161 armadilhas e 55 pontos estratégicos para o Aedes aegypti. “Estamos trabalhando no monitoramento e eliminação dos criadouros, mas cada um precisa fazer a sua parte descartando corretamente o lixo, vedar caixas d’água, limpar calhas e lajes, são alguns exemplos”, alerta Cristina.

A melhor maneira de prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti continua sendo eliminar locais com água parada:

  • Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
  • Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;
  • Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;
  • Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
  • Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;
  • Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;
  • Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.
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