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Câmara de Canoinhas retira urgência de PL e empréstimo de R$ 30 milhões fica em suspenso

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Projeto agora não tem data para ir a votação

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Os vereadores de Canoinhas aprovaram por cinco votos a quatro a retirada da urgência do projeto de lei de autoria do Executivo que autoriza a prefeita Juliana Maciel Hoppe (PSDB) a emprestar junto ao Banco do Brasil o valor de R$ 30 milhões. Este dinheiro deve ser usado para obras de infraestrutura e compra de maquinários.

Votaram pela retirada da urgência os vereadores Willian Godoy (PSD), Osmar Oleskovicz (PSD), Wilmar Sudoski (PSD), Mauricio Zimmermann (PL) e Gil Baiano (PL). Zenilda Lemos (MDB), André Ramon Flenik (Podemos), Adilson Steidel (PSDB) e Silmara Gontareck (UB) votaram por manter a votação.

ARGUMENTOS

Antes da votação, a prefeita Juliana Maciel Hoppe (PSDB) usou a tribuna para explicar que cerca de 60% do maquinário estão em manutenção. Com os R$ 30 milhões seriam comprados 21 equipamentos novos. Além disso seriam revitalizadas as avenidas Expedicionários, Wendelim Metzger, senador Ivo d’Aquino e Rubens Ribeiro da Silva. O dinheiro seria usado, ainda, para o Centro de Controle de Zoonoses e pavimentação de ruas. “Quanto gastamos hoje com manutenção de maquinário? Só no ano passado foram R$ 2,1 milhões. Quando eu cheguei na prefeitura havia duas patrolas em funcionamento. Colocamos mais duas em funcionamento, mas não custou barato”, explicou.

Com o empréstimo seriam comprados 12 caminhões, quatro motoniveladores, quatro retroescavadeiras, duas escavadeiras hidráulicas e um britador móvel.

Na plateia lotada, havia pessoas a favor e contra o projeto. Contrários apresentavam cartazes criticando o empréstimo.

“Olho esses cartazes e parece até que foi eu que assaltei os cofres públicos. Respeito o voto de cada vereador. A urgência não é minha, não é do meu governo, é dos alunos que encalha ônibus, dos que trabalham com o leite, que chove e eu não durmo a noite porque não temos maquinário pra atender. Não vai doer em mim, vai doer no povo (se o projeto não for aprovado)”, defendeu a prefeita.

Vereador André Flenik (Podemos) disse que a explicação dada pela prefeita deveria ter sido feito antes. Lembrou que no passado foram compradas máquinas chinesas que “não valiam nada”, atentando para a necessidade de se avaliar a qualidade do maquinário a ser comprado.

Quando Osmar Oleskovicz (PSD) pediu que fosse retirada a urgência do projeto, Flenik defendeu que se votasse de uma vez “cada um com seu posicionamento”. Wilmar Sudoski (PSD) defendeu a retirada da urgência a fim de entender melhor o projeto. “Estamos tentando preservar o projeto”, afirmou. “Sou a favor do projeto, mas quero aprovar com consciência. Porque a conta uma hora vem Retira a urgência, discute-se uns 15 dias e depois vota-se”, sugeriu.

Zenilda Lemos (MDB) disse que entende a fala de Sudoski, mas pensa que temos de agilizar em função do número de pessoas que dependem das estradas e da Saúde.

Adilson Steidel (PSDB) citou empréstimos feitos por prefeitos anteriores e desafiou os contrários a citar algum banco que não cobre juros.

Willian Godoy (PSD) lembrou que em campanha Juliana falou em não fazer mais do mesmo. “Fazer empréstimo não é fazer mais do mesmo?”, questionou, afirmando que é preciso tempo para debater o projeto. “Quero ter a oportunidade de discutir”, disse ao afirmar que vai pedir uma audiência pública para discutir o projeto.

Presidente da Casa, Tatiane Carvalho (MDB), destacou que se o projeto fosse rejeitado em primeira votação a questão seria encerrada. “Ainda tenho dúvidas sobre esse projeto, quero saber o fluxo de caixa futuro, o que nós teremos de pagar, sei que só de precatórios são R$ 91 milhões, o ICPrev está falindo, temos vários problemas na Saúde. Vamos dizer que vai ser investido em um posto de Saúde, mas teremos médico para este posto?”, explicou.

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