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Câmara de Canoinhas autoriza prefeita a fazer empréstimo de R$ 30 milhões

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Apenas Osmar Oleskovicz votou contra

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A Câmara de Vereadores de Canoinhas aprovou na sessão desta terça-feira, 19, em primeira e segunda votação, projeto de lei que autoriza a prefeita Juliana Maciel Hoppe (PSDB) a pleitear empréstimo de R$ 30 milhões junto a instituições financeiras. Apenas Osmar Oleskovicz votou contra.

Antes da votação, Juliana usou a tribuna e falou que a projeto aprovado é resultado de um debate amplo entre ela e vereadores em reunião na manhã desta terça. “Hoje o problema de infraestrutura é muito sério, não contenta quem mora na cidade, nem no interior. Isso porque não temos maquinário disponível. É notório que choveu, vai estragar todos os bairros, todo o interior e não temos pernas para atender a todas as necessidades do Município todo ao mesmo tempo”, disse.

Juliana destacou que a prioridade continua sendo infraestrutura, mas que como o governador Jorginho Mello (PL) anunciou que vai encaminhar R$ 10 milhões para a compra de maquinários o valor do empréstimo fica liberado para as outras prioridades como obras de pavimentação. Mello já autorizou a liberação dos recursos, segundo a prefeita.

Assim que efetivado o empréstimo, o valor será dividido em sete fins.

Veja abaixo o que contempla o financiamento:

  • Aquisição de ônibus para Adosarec e Fundação de Esportes: R$ 600.000,00
  • Mobiliário e equipamentos para o CEI Ederson Motta e Centro de Atendimento Multiprofissional à pessoa com deficiência: R$ 1.500.000,00
  • Construção de nova sede para Secretaria de Obras: R$ 1.500.000,00
  • Revitalização das Praças Oswaldo de Oliveira e Lauro Müller: R$ 1.000.000,00
  • Construção de Praça no Campo d’Água Verde: R$ 1.000.000,00
  • Construção de unidades habitacionais e Infraestrutura: R$ 5.000.000,00
  • Recapeamento e pavimentação asfáltica: R$ 19.400.000,00

ASFALTOS

A prefeita disse que ruas sem asfalto que dão acesso a CEIs, escolas e postos de saúde serão prioridades. Ela elencou os bairros Boa Vista, Loteamento Santa Cruz e Alto da Tijuca, além do distrito de Marcílio Dias, entre outros, como os locais que receberão pavimentação, mas não mencionou as ruas.


REPERCUSSÃO

Wilmar Sudoski (PSD) elogiou a reunião que ocorreu mais cedo com a prefeita. “Esse amadurecimento foi muito importante. Não se faz nada sozinho, nós não somos perfeitos”, disse alfinetando a prefeita. Disse ainda que Juliana terá próximo de R$ 45 milhões para fazer o bem aos canoinhenses considerando o que virá de emendas, governo do Estado e, agora, do empréstimo. “Não sei se já tivemos tanto dinheiro para se trabalhar. Canoinhas precisa ser reconstruída”, enfatizou.

André Flenik (Podemos) também elogiou a reunião, que chamou de “grupo de trabalho”. Ele pediu o estudo sobre o impacto financeiro que o empréstimo vai trazer as contas do Município.

Zenilda Lemos (MDB) lembrou que a prefeita se comprometeu a fazer prestação de contas mensal a Câmara sobre a aplicação dos recursos.

Mauricio Zimmermann (PL), que teve papel decisivo para a aprovação do projeto, considerando que Juliana deve ingressar no seu partido, se disse feliz com as tratativas e destacou a liberação de recursos por parte do Governo do Estado para a compra de maquinários.

Tatiane Carvalho (MDB), presidente da Câmara, pediu mais informações sobre a amortização da dívida, lembrando que a prefeitura terá carência de um ano para iniciar o pagamento. Ela quis saber se será necessário aumentar impostos para pagar essa dívida e a de outros seis financiamentos que estão ativos. “Não aumentaremos impostos”, se comprometeu a prefeita.

Osmar Oleskovicz (PSD) disse que consultou suas bases e que formou sua opinião sem pressão. “Voto com independência”, afirmou justificando seu voto contrário ao projeto, afirmando que não desrespeita a opinião de ninguém. “Ano que vem é eleitoral e aí se faz tudo as pressas visando a eleição. Isso sempre foi assim. Pra mim parece e é um projeto eleitoreiro”, afirmou, reclamando que a prefeita excluiu seu bairro – Alto das Palmeiras – da lista de obras a serem contempladas.

IMPACTO

O impacto do financiamento no orçamento da prefeitura será de, no primeiro ano (parcela com desconto), 1,7% sobre a arrecadação e 2,3% a partir do segundo ano. Juliana falou em “menor taxa de juros possível”, mas não especificou essa taxa, frisando que agências de análise de crédito constataram a capacidade de endividamento do Município.

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