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A falta de harmonia entre os três poderes, maior pecado do governo anterior, levou a volta do PT ao poder

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Leonardo Furtado da Silva*

O ano de 2023 marcou a volta do lulopetismo ao centro da política nacional, mesmo após o passado recente sombrio deste grupo político e de seu líder maior: Luís Inácio Lula da Silva, atual mandatário da nação.

O aspecto mais preocupante da atual política econômica, liderada pelo advogado Fernando Haddad, é a visão estatizante das decisões, fazendo com que o mecanismo econômico brasileiro tenha uma característica centralizadora, sem respeito à propriedade privada e aos direitos individuais, portanto uma visão coletivista.

 A falta de harmonia entre os três poderes, maior pecado do governo anterior, levou a volta do Partido dos Trabalhadores (PT) ao poder, além dos erros comunicacionais com a imprensa e equívocos relacionados à gestão da pandemia, embora na área econômica, a gestão dos recursos de combate à covid 19 teve excelentes medidas, elogiadas pelo próprio Fundo Monetário Internacional (FMI).

O cenário descrito no parágrafo anterior levou à derrota eleitoral do governo Bolsonaro, pois a economia dava sinais de recuperação e pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), além de bons índices de câmbio e crescimento, o Brasil teve a maior redução das desigualdades dos últimos 10 anos, o índice GINI caiu para 0,518 em 2022, antes da pandemia era de 0,544, segundo o mesmo instituto.

A perspectiva da política externa atual é muito confusa, pois acenos a líderes totalitários como Maduro na Venezuela, elogios e minimização de ações do grupo terrorista Hamas, o qual teve ações genocidas que provocaram a escalada de hostilidades com Israel, este embora se defendendo, no passado recente também já cometeu alguns excessos, porém é legítima a proteção dos seus cidadãos.

Esses posicionamentos e outros do governo Lula, levam à desconfiança internacional, especialmente das democracias liberais do ocidente, como é o caso dos Estados Unidos e a União Europeia, o que leva, por exemplo, a uma fuga de capitais do Brasil. Dados do Estadão de outubro de 2023 detectam que, segundo a B3, o acúmulo de evasão de divisas no país é muito alto, pois a movimentação na bolsa até este estudo foi 86,3% menor do que no ano passado, podendo acarretar dificuldades econômicas e sociais para o país e o descrédito internacional.

Um exemplo claro foi quando da conferência das Nações Unidas em Nova Iorque, onde o presidente americano Joe Biden ofereceu um jantar para 30 chefes de estado e não convidou Lula. Isso é uma demonstração clara de falta de prestígio com a principal economia do planeta.

Esse cenário demonstra que é preciso estarmos atentos aos passos do governo, como é o caso do limite de gastos, o qual não é prioridade entre os regimes estatizantes/centralizados, o que pode no médio prazo causar recessão e inflação. Portanto, é importante ficarmos atentos, vigilantes e sem perder a esperança, fazendo cada um a sua parte, o que é permitido quando ainda temos os direitos individuais preservados, característica das nações mais civilizadas do globo, ou seja, as democracias ocidentais liberais.

*Leonardo Furtado da Silva é professor doutor em Desenvolvimento Regional

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