Sete pessoas são investigadas e cinco estão presas
Nesta segunda-feira, 13, têm início as audiências do processo que busca esclarecer os motivos e punir os culpados pelo assassinato de Sérgio Roberto Lezan, de 56 anos, ex-secretário municipal de Major Vieira e policial militar da reserva. Lezan foi morto com quatro tiros na manhã do dia 14 de junho de 2022.
A Polícia Civil trabalha desde o dia do crime na investigação que procura esclarecer os motivos e responsabilizar os culpados. Ainda no dia do homicídio dois suspeitos foram presos, sendo um deles, Adriano Cordeiro, encontrado com a moto utilizada no crime, também apontado como autor dos disparos. De acordo com a polícia, o homem já agia para deletar provas de sua participação no crime. O outro suspeito preso, também considerado executor do crime, é Daniel Carvalho.
O outro suspeito preso ainda naquele 14 de junho foi reconhecido por fotografias pelas testemunhas, mas liberado na sequência pois os investigadores constataram que ele não teve participação no crime, embora tenha ligação com os envolvidos.
O quarto preso teria sido o piloto da moto no dia do crime e foi encontrado cinco dias depois, em 19 de julho, tentando fugir do Estado. Já o responsável por cooptar os participantes, adquirir a moto e as armas utilizadas e articular o monitoramento da vítima, Jânio da Silva, foi preso em Monte Castelo – na mesma cidade foi preso o 2º mandante do crime, identificado no inquérito como Daniel Pereira.
Apenas em 16 de agosto de 2022 o suspeito de ter sido mandante do homicídio, Luiz Alberto Benso, foi preso.
PROVÁVEL MOTIVAÇÃO
De acordo com a investigação da Polícia Civil, a motivação do crime é algo que apenas os mandantes podem esclarecer, uma vez que as hipóteses que surgiram por meio de fontes ouvidas não possuem consistência. Os acusados, porém, permanecem em silêncio até hoje.
Uma das hipóteses diz respeito a ser uma dupla vingança dos dois mandantes, Benso e Pereira. Um pelo falecimento da filha e outro pelo falecimento do pai, duas mortes que os suspeitos atribuem à vítima, mas que a investigação não encontrou ligação. Segundo a Polícia Civil, a filha de Benso cometeu suicídio e o pai do segundo acusado de ser mandante faleceu em um acidente.
As oitivas que começam nesta segunda e devem se estender pelas três próximas semanas devem esclarecer os pontos ainda não compreendidos do inquérito.
CINCO PESSOAS SEGUEM PRESAS
Os cinco suspeitos que seguem presos são os dois acusados de serem os mandantes, um acusado de ser participante (que comprou a moto e as armas) e os dois supostos executores.
De acordo com o delegado da Polícia Civil, Darci Nadal Jr., todos os presos decidiram permanecer em silêncio durante os interrogatórios policiais.
