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As estratégias de Bolsonaro para se reeleger

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Em vez de construir degraus que o levassem a reeleição, ele simplesmente escolhe sempre o caminho mais difícil

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Começo a coluna de hoje com um pensamento que vem me perseguindo há alguns dias já. Quando eu sento em frente ao computador para escrever essa coluna que você lê toda semana, sempre penso em qual assunto eu vou abordar, o que mais chamou a atenção no passar dos dias.

No meio político, principalmente no período em que vivemos, se formos observar o conteúdo para ser discutido e analisado nas 24h do dia. Sei que final de semana aqui em Santa Catarina a disputa pela Casa d’Agronômica começará a ganhar enfim os personagens certos para o cargo de governador.

Porém, é impossível a gente não fugir do assunto que dominou o cenário político nos últimos dias. Estamos falando, é claro, da reunião realizada pelo presidente da República com 40 embaixadores dos mais variados países.

A construção dessa reunião pode ser considerada como o último ápice na pré-campanha de Jair Bolsonaro a reeleição, é claro que em se tratando dele não podemos ter a certeza que tudo parou por aqui.

Não há a menor possibilidade de não se afirmar aqui que Bolsonaro, presidente eleito de forma democraticamente, utilizou de seu poder público para escancarar as portas para um iminente golpe, que como eu já abordei em outras colunas, não será aplicado do dia para a noite. Ele vem sendo construído e arquitetado com o passar das horas.

Ao reunir todos esses embaixadores para disseminar fake news sobre a lisura das eleições, sobre possíveis fraudes, Bolsonaro tenta em uma cartada, dar o mesmo jeitinho utilizado pelo seu colega norte-americano, Donald Trump.

Porém, utilizando do bom e velho ditado popular, o tiro de Bolsonaro saiu pela culatra. Isso porque imediatamente após a catastrófica reunião, a chefia de potências mundiais como o Estados Unidos, vieram a público afirmar que confiam na lisura das eleições brasileiras, as quais sempre é importante citar, nunca sofreram fraudes desde o início das urnas eletrônicas.

Bolsonaro poderia estar usufruindo da queda no preço dos combustíveis, do aumento do Auxílio Brasil, das verbas distribuídas a seus colegas, situações que se bem trabalhadas poderiam trazer uma maior aderência de votos de determinadas parcelas da população.

Porém, estamos falando novamente do nosso presidente da República, que em quase três décadas de Congresso Nacional, se resumiu em um deputado do baixo clero, que preferia participar de programas sensacionalistas discursando palavras de ódio, do que estar trabalhando para aqueles que ele representava.

Falta a Bolsonaro aprender a ser mais político e saber fazer política com pessoas como o seu antecessor Michel Temmer, que mesmo com toda a turbulência pós-impeachment de Dilma Rousseff, no final do mandato ainda ouviu um Fica Temmer.

O presidente e pré-candidato a reeleição está tentando de tudo um pouco para mudar um cenário que até as últimas pesquisas se mostra quase que irrevogável, a recondução de Luís Inácio Lula da Silva ao poder. Segundo integrantes do QG da reeleição de Bolsonaro, a reunião com os embaixadores mais atrapalhou a pré-campanha do que auxiliou.

Bolsonaro cairá pelos seus próprios tropeços, em vez de construir degraus que o levassem a reeleição, ele simplesmente escolhe sempre o caminho mais torpe, o mais difícil e o menos palatável.  O Brasil segue hoje para o resto do mundo, sendo governado por um filho mimado, irresponsável e que no final deverá arcar com todas as consequenciais.

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