Ele foi solto na noite desta segunda-feira, 26
Depois de cinco meses e 26 dias de cárcere, o ex-prefeito de Canoinhas, Beto Passos (PSD), foi solto na noite desta segunda-feira, 26. Ele deixou o Presídio Industrial de Joinville e veio para casa, em Canoinhas.
Em contato com a defesa, os advogados Paulo e Luís Glinski confirmaram a revogação da prisão preventiva e a soltura de Beto Passos nesta segunda, mas disseram que não podem se manifestar sobre o processo no momento. Destacaram, entretanto, “sua plena confiança na aplicação da Justiça e respeito ao Ministério Público e ao Judiciário”.
Conforme o JMais adiantou na semana passada, Passos teve homologado seu acordo de colaboração premiada. A partir de então já havia a expectativa de que ele seria solto a qualquer momento. Ainda é um mistério, contudo, o que e quem ele delatou, o que deve desencadear uma nova fase da operação Et Pater Filium.
Passos tem contra ele duas acusações principais: comprar dois caminhões para com ajuda do suposto laranja Joziel Dembinski fraudar licitações públicas e formar uma organização criminosa com seu vice e os empresários do Coletivo Santa Cruz para fraudar licitações do transporte escolar.
SOMENTE DOIS PRESOS
Dessa forma, dos 14 presos na sétima fase da operação Et Pater Filium, apenas dois seguem presos.
Renato Pike, ex-vice-prefeito de Canoinhas, apontado como o grande articulador do suposto esquema com o Coletivo Santa Cruz e acusado de usar sua revenda de carros para lavar dinheiro que teria sido desviado dos cofres públicos segue preso em Jaraguá do Sul.
Ele se recusou a renunciar ao cargo de vice, mas teve seu mandato extinto pela Câmara de Vereadores, o que ainda pode ser contestado judicialmente. Ao contrário da vasta maioria dos réus, Pike é reticente em se afirmar inocente.
Já o empresário Joziel Dembinski, apontado como executor do esquema orquestrado por Beto e Pike, também segue preso em Joinville.
