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Advogado de defesa traz detalhes do novo julgamento do jovem que matou motoboy em acidente em Porto União

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Ele explica o motivo pelo qual teve êxito na absolvição das novas acusações

Nessa segunda-feira, dia 10, a reportagem do Canal 4 TV noticiou sobre o novo julgamento de Lucas Nakonieczsy, o jovem que atravessou uma preferencial e ocasionou o acidente que matou o motociclista João de Souza Neto, em 2019, em Porto União. Nesta terça-feira, 11, a reportagem teve acesso a detalhes do julgamento que explica o motivo pelo qual o jovem foi absolvido das novas acusações.

O julgamento realizado na sexta-feira, 7, não inocentou Lucas Nakonieczsy da culpa de ter provocado o acidente que vitimou o motociclista, no entanto, absolveu o jovem de ser considerado culpado da tentativa de matar seus próprios amigos da época, que estavam no local e assumiram os riscos junto com o réu.

No dia do acidente, Lucas Nakonieczny estava em seu veículo juntamente com a namorada e um casal de amigos. Juntos teriam ingerido bebida alcoólica, participado de uma festa e se envolvido em um acidente na rua Matos Costa, no centro de Porto União. Após este acidente, os três jovens que estavam no carro também participaram da fuga com Lucas Nakonieczny, a qual culminou no corte da preferencial que resultou no acidente com o motociclista. Após o acidente, os três amigos de Lucas teriam se evadido do local e não prestaram socorro nem para o amigo e nem para o motociclista que acabou morrendo no local. Alguns dias depois, juntamente com pais e advogados, os amigos se apresentaram na delegacia e se colocaram na posição de vítima.

Deste então, além de ser julgado pela morte do motociclista, Lucas Nakonieczny foi a júri pela tentativa de homicídio contra os próprios amigos. Em 2022, foi julgado pela morte do motociclista e condenado a cumprir oito anos e quatro meses de reclusão, mais um ano de detenção, ambas as penas em regime fechado, além do pagamento de 10 dias-multa e suspensão da carteira nacional de habilitação (CNH) por dois meses pelo crime de homicídio, pena que está cumprindo no presídio de Porto União.

Já nesta sexta-feira, 7, o julgamento foi com relação à tentativa de homicídio dos três amigos, o que poderia aumentar a pena do jovem de União da Vitória. Durante o julgamento, as três supostas vítimas não compareceram.

Em contato com o advogado de Lucas Nakonieczny, a reportagem do Canal 4 TV recebeu uma nota explicando sobre o caso. “As provas evidenciam que Lucas não teve a intenção, nem assumiu o risco, de matar os ocupantes do veículo que com ele estavam naquela noite. Juridicamente, aquelas pessoas não são vítimas, mas, sim, partícipes dos fatos ocorridos. Demonstramos que as falsas vítimas foram orientadas a acusar Lucas para eximir-se de responsabilização em conjunto pela morte do motociclista e omissão de socorro. Assim, inclusive, entenderam os jurados, inocentando Lucas das três tentativas de homicídio constantes da denúncia”, explicou o advogado Jeffrey Chiquini.

Durante o julgamento, o advogado enfatizou que Lucas Nakonieczny estaria carregando o fardo de todos que se envolveram na situação naquela noite, lembrando que os três jovens participaram de tudo por livre e espontânea vontade; que os ocupantes do veículo que se envolveram no acidente na rua Matos Costa possivelmente estariam sob efeito de álcool e que perseguiram Lucas até o momento do acidente com o motociclista, o qual também não possuía habilitação. “O prenúncio de uma tragédia anunciada” avaliou o advogado.

O advogado ainda lembrou que após o acidente, Lucas Nakonieczny não tinha condições de prestar socorro ao motociclista em razão dos ferimentos, mas considerou que os três jovens ocupantes do carro poderiam ter feito isso e que não poderiam ser vistos como vítimas. Ele ainda expôs um grupo no WhatsApp que o trio criou para falar sobre o assunto.

Vale ressaltar que Lucas Nakonieczny está cumprindo pena no presídio de Porto União pela morte do motociclista. O novo julgamento em que foi inocentado se tratava da acusação dos amigos que alegaram também ter sido vítimas de tentativa de homicídio, o que não foi comprovado.