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Acusado de assassinar a companheira vai a julgamento nesta segunda em Canoinhas

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Daniela Aparecida Colaço foi espancada na cabeça e morreu seis dias após internada no Hospital de Mafra

Diego de Souza Prestes, acusado de assassinar sua companheira Daniele Aparecida Colaço, de 35 anos, será julgado nesta segunda-feira, 30, em um júri popular que acontece no Fórum de Canoinhas. O crime ocorreu há treze meses, na residência da vítima, localizada no bairro Piedade, em Canoinhas.

Segundo as informações da denúncia, Diego é acusado de ter matado Daniele de forma intencional, causando lesões que levaram à sua morte. Não se sabe ao certo, mas o ataque teria ocorrido entre a noite de 13 de maio de 2024 e a manhã do dia seguinte, na casa da vítima na rua Quintino Tramontin. Durante a agressão, Prestes teria desferido uma pancada na cabeça de Daniele, deixando-a caída. Ele só acionou o Corpo de Bombeiros por volta das 11 horas do dia 14, quando a vítima ainda estava viva. Infelizmente, Daniele, que ficou em estado grave, faleceu no Hospital São Vicente de Paulo, em Mafra, no dia 20 de maio de 2024, após seis dias internada, devido a um edema cerebral gerado por traumatismo craniano.

A denúncia também destaca a crueldade do crime, pois o Prestes, ao atacar Daniele, causou diversos ferimentos, sendo o golpe na cabeça o mais grave, resultando em um edema cerebral difuso e sangramento intracraniano. Embora Daniele não tenha morrido imediatamente, ela passou por um sofrimento excessivo e desnecessário.

Outro ponto importante a ser mencionado é que o homicídio foi classificado como feminicídio, dado que a vítima era mulher e o crime ocorreu dentro do contexto de uma relação doméstica entre os dois, visto que Prestes era companheiro de Daniele. A motivação para o crime parece ter sido fútil, já que o réu agiu movido por ciúmes.

Além disso, a forma como o crime foi cometido dificultou qualquer possibilidade de defesa por parte da vítima, uma vez que a agressão foi direcionada a uma região vital do corpo, a cabeça, e a diferença de força entre Prestes e Daniele torna evidente a dificuldade de reação por parte dela.


RELEMBRE O CASO

O crime foi registrado no bairro Piedade, em Canoinhas, no dia 14 de maio do ano passado. Na época, conforme o boletim divulgado pela Polícia Militar no dia seguinte ao crime, equipes policiais foram chamadas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Canoinhas, por volta das 11h daquela terça-feira, para verificar uma situação de agressão.

Daniele foi atendida por equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), após ter sido encontrada caída no chão de sua casa, com um ferimento contundente no lado direito da cabeça, que ocasionou afundamento de crânio.

A mulher teve de ser transferida por equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital São Vicente de Paulo, em Mafra, devido à gravidade de seu estado de saúde. Ela foi atendida por equipes especializadas e ficou em observação, mas não resistiu e morreu no dia 20 de maio de 2024.




COMPANHEIRO NEGOU A AGRESSÃO

Na UPA de Canoinhas, no dia do crime, conforme o relato das autoridades, os policiais militares conversaram com o companheiro de Daniele, que alegou que teria saído de casa pela manhã e, quando retornou, a encontrou caída no chão, inconsciente. Ele alegou não ter agredido a mulher.

A mãe da vítima também foi ouvida pelos policiais. Ela alegou que brigas e agressões eram constantes por parte do homem em relação a sua filha. Há, inclusive, o registro de uma medida protetiva dela contra o homem, que teria sido retirada em novembro de 2023.

Naquele momento, por não haver indícios suficientes para conduzir o homem à Delegacia, de acordo com informações da Polícia Militar, ele foi ouvido e liberado ainda no Pronto Atendimento.

No dia 22 de maio, dois dias após a morte de Daniele, a Polícia Civil de Canoinhas, através da Divisão de Investigação Criminal (DIC) cumpriu um mandado de prisão contra o companheiro de Daniele, Diego de Souza Prestes. Ele foi preso temporariamente e encaminhado ao presídio de Canoinhas. Pouco tempo depois, a prisão temporária foi convertida em prisão preventiva. Desde então, ele permanece detido no presídio.

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