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A política catarinense de volta ao berço

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Percebe-se que a velha política catarinense está com saudades de ter trânsito livre dentro do Governo do Estado

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Em uma das minhas primeiras colunas aqui falei sobre como o governador Carlos Moisés tinha sido esperto em pular fora do barco bolsonarista enquanto havia tempo, e como ele vinha caminhando para aquele velho modelo de política catarinense.

Nesta semana nos deparamos com a notícia de que o MDB, o partido dos velhos caciques da política estadual, resolveu apoiar a campanha de reeleição de Moisés.

Essa cartada dada pelo Movimento Democrático Brasileiro aqui em Santa Catarina começa agora a desenhar a eleição de outubro. De um lado teremos a volta daquela política que todos nós já somos acostumados a vivenciar, do outro lado teremos aqueles que se vendem como sendo a renovação, mas que contam com o apoio direto do presidente Jair Bolsonaro.

O que chama mais a atenção em tudo isso é como em três anos e meio Moisés saiu do bolsonarismo, passou a tornar-se um político municipalista e hoje está devidamente sentado na mesma mesa de governadores ligados a oligarquias. A política catarinense sempre foi e continuará sendo uma caixa de surpresas, porém nunca deixará de ser única.

Claro que não podemos esquecer que nas últimas semanas ocorreu aquele almoço na Casa d’Agronômica onde os prefeitos tucanos apoiaram publicamente a reeleição de Carlos Moisés. Com essas duas movimentações específicas percebe-se que a velha política catarinense está com saudades de ter trânsito livre dentro do Governo do Estado.

Claro que essas duas situações envolvendo MDB e o PSDB aqui em Santa Catarina foram muito bem pensadas e analisadas. Para entender isso basta a gente lembrar que o ninho tucano em todo o Brasil está literalmente tomado por chupins que desintegraram toda aquela estrutura que um dia foi construída por políticos como Fernando Henrique Cardoso.

Já do lado emedebista, basta lembrar que na última eleição Mauro Mariani, uma das principais figuras da política estadual, ficou na terceira colocação, em uma situação que nada lembrava os tempos áureos de Luís Henrique. Enfim, os dois partidos perceberam que não conseguiriam nada sozinhos.

Nestes quatro anos nenhum partido em Santa Catarina conseguiu desenvolver um nome forte o bastante para disputar o Governo do Estado. Nisso criou-se algumas situações especificas. Moisés nadou de braçada e tornou-se municipalista com o seu Plano 1000. Partidos outrora grandiosos curvaram-se aos pés do governador e declararam o seu apoio.

E é claro, como estamos falando de Santa Catarina, o Estado mais bolsonarista do Brasil, ainda passamos a observar o nascimento de duas pré-candidaturas que claramente beberam da fonte conservadora que segundo o ultimo Datafolha ainda tem 27% dos votos em todo o Brasil.

Quem vai ganhar a eleição em outubro aqui no Estado ainda é uma incógnita, porém as coisas parecem finalmente estar voltando aos eixos na terra barriga verde.

Para Porto União, uma reeleição de Carlos Moisés com o apoio de MDB e PSDB é hoje a melhor opção que se avista no horizonte. Afinal, com os dois partidos sendo composição na prefeitura e parte principal da Câmara de Vereadores, o município pelo menos nos próximos dois anos continuará a ter portas abertas em Florianópolis.  


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