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A PL das Fake News e os veículos de notícias das pequenas cidades

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A COLUNA ESTÁ DE FÉRIAS. VOLTA A PUBLICAR TEXTOS INÉDITOS EM 1º DE FEVEREIRO DE 24. ATÉ LÁ, TEXTOS DE 2023 SERÃO DESTACADOS COMO ESTE, POSTADO ORIGINALMENTE EM 7 DE MAIO

Um dos dispositivos do projeto prevê remuneração de veículos por parte das big techs

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COLUNA DE DOMINGO O projeto de lei das Fake News, que deveria ter sido votado na semana passada, mas que acabou ficando para esta semana por falta de acordo entre os deputados federais e por uma pressão agressiva das chamadas big techs – Google, Meta e Twitter – prevê entre outras coisas, remuneração para veículos de imprensa cujo conteúdo online as big techs indexarem a seus sites, notoriamente Google, Facebook, Instagram e Twitter.

Corretamente, os autores do projeto entendem que ocorre uma apropriação do conteúdo das empresas de mídia por parte das gigantes da Internet quando você consulta qualquer termo no Google que leve a um link de uma reportagem, por exemplo, produzida por terceiros.

O Google já vinha se preocupando com isso e, para tanto, criou o Google Destaques, que remunera grandes veículos do Brasil como a Folha de S.Paulo e Estadão.

Com relação a pequenos veículos, criou um programa de incentivo que repassa dinheiro diretamente para os veículos como forma de incentivá-los a produzir mais conteúdo jornalístico relevante para as comunidades onde atuam. O JMais já recebeu dinheiro deste fundo por duas ocasiões: na cobertura da pandemia e das eleições do ano passado.

A primeira ação do Google ao saber do PL das Fake News foi suspender a ajuda aos pequenos veículos, à espera da regulação do governo. Na verdade, antes disso eles tentaram melar o projeto.

Os pequenos veículos estão em um limbo neste momento, porque não há uma Associação Nacional de Jornais nem nada do tipo para representá-los. Facilmente podem ser confundidos em um mar de lama que se configurou a Internet nos últimos anos. Não querendo ser pessimista me parece que se o projeto passar, o foco das big techs será contentar, em um primeiro momento, as grandes corporações de mídia, que estão com sangue nos olhos numa espécie de cruzada vingativa contra as bigs que inegavelmente, lhes tiraram receita publicitária à medida que cresceram.

A grande questão é: haverá recursos para tantos veículos? Como separar imprensa séria de caça-cliques sem compromisso com a verdade?

Para mim tem uma questão ainda mais premente: estaria o Google pretendendo deixar de indexar conteúdo dos pequenos veículos para evitar ter de remunerá-los?

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