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A corrida das bigas continua, desde sempre, em um eterno retorno do mesmo sobre si, no circo de Roma

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Qual seria a opção para uma terceira via? O presidenciável Ciro Gomes?

Wellington Lima Amorim*

#FATO1

Os escândalos do mensalão em 2005 consistiam basicamente na compra de votos pelo Partido dos Trabalhadores (PT), escândalo este que ameaçou destruir o governo do ex-presidente Lula e que pode ser mais bem compreendido na referência abaixo, denunciado pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB). Importante dizer aqui, que foi José Dirceu (ex-ministro da casa civil), mentor de todo o esquema, que oferecia como propina 30 mil reais por mês para cada deputado que aprovasse os projetos do governo federal na Câmara. Divisas que eram produto de lavagem de dinheiro das empresas publicitárias de campanhas políticas administradas pelos empresários Marcos Valério e João Cerqueira de Santana Filho, este último responsável direta e indiretamente pela campanha publicitária que elegeu o ex-presidente Lula, a ex-presidente Dilma Roussef, Hugo Chávez (ditador venezuelano), Mauricio Funes, político salvadorenho, Danilo Medina, da República Dominicana. Importante dizer que: “O segundo mandato de Medina foi caracterizado por corrupção desenfreada, opressão crescente contra a imprensa livre e espionagem em massa para milhares de cidadãos e figuras proeminentes, incluindo, mas não se limitando a, líderes da oposição e juízes da Suprema Corte. Em fevereiro e março de 2020, protestos eclodiram em todo o país contra o governo cada vez mais autocrático de Medina e sua tentativa fracassada de fraude eleitoral”.

Por fim, João Santana foi também responsável pela eleição de  José Eduardo Santos, político angolano. Ainda mais se faz necessário lembrar que o ex-presidente de Angola foi: “associado à grande corrupção e ao desvio de recursos do petróleo, em grande parte proveniente do enclave de Cabinda. Sua família é detentora de imenso património, que inclui casas nas principais capitais europeias, participações em grandes empresas, holdings em paraísos fiscais e contas bancárias na Suíça – um património acumulado ao longo de décadas de exercício do poder. Seus oponentes o acusam de ignorar as necessidades sociais e económicas de Angola, concentrando seus esforços em acumular riqueza para sua família, ao mesmo tempo em que silencia a oposição ao seu governo. Em Angola, cerca de 70% da população vive com menos de 2 dólares por dia, enquanto Santos e sua família acumularam uma imensa fortuna, que inclui participações nas principais empresas do país, bem como em grandes empresas estrangeiras. Santos enriqueceu desde que assumiu o poder, mas acumulou uma enorme quantidade de bens sobretudo durante e depois das guerras civis angolanas”

Uma pergunta que não quer calar: quem foi responsável pelo pacto entre o núcleo duro do Partido dos Trabalhadores (PT) pelo maior esquema de propina na história desse país? Resposta: Partido dos Progressista (PP), cito: “O deputado federal José Janene, integrante da Executiva Nacional do Partido Progressista (PP), foi o responsável pelo pacto entre o seu partido e o Partido dos Trabalhadores (PT). Assim que o acordo foi ratificado, começaram os repasses de Marcos Valério autorizados pelo núcleo político-partidário do PT  formado por: José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno e Sílvio Pereira. O núcleo político-partidário do PP que administrava o recebimento dos recursos financeiros do PT que vinham através do esquema de Marcos Valério era formado pelas seguintes pessoas: Deputado Federal Pedro Corrêa (Presidente do PP), Deputado Federal Pedro Henry (líder da bancada do PP na Câmara Federal) e José Janene. Havia ainda o assessor do Deputado José Janene, João Cláudio Genú, que desempenhava trabalhos úteis dentro do esquema montado pelo PP. Além de organizar o recebimento e distribuição da propina, o núcleo político do Partido Progressista aconselhava os seus parlamentares a votar consoante os interesses do grupo político-partidário do Partido dos Trabalhadores. Uma amostra dessa colaboração foram as atuações dos deputados Pedro Corrêa, Pedro Henry e José Janene na aprovação da reforma da previdência (PEC 40/2003 na sessão do dia 27/08/2003) e da reforma tributária (PEC 41/2003 na sessão do dia 24/09/2003)”.

#FATO2

Em 17 de março de 2014, aproximadamente 10 anos depois do escândalo do mensalão, eclode a Operação Lava-Jato. Tudo teve início com o doleiro Alberto Youssef. Em 2014, foi constatado que várias empresas recebiam pagamentos em nome da Petrobrás destinado a pagar propinas para o Partido Progressista (PP), Partido dos Trabalhadores (PT) e o PMDB, atual MDB, partido do ex-presidente Michel Temer, sempre vice do PT. Sem querer desmerecer a atuação criminosa de outros partidos como o PSDB e MDB, novamente encontramos o PT entrelaçado com o PP. É este entrelaçamento que deveríamos nos ater no momento e observar com mais detalhes. Outro fato que merece atenção: dentre todos os envolvidos é preso o publicitário João Santana.

Neste artigo que escrevo, ilustrativo, recorto dois pontos importantes: 1) O envolvimento do publicitário João Santana com o mensalão e os escândalos de corrupção na Petrobrás. 2) A participação do Partido Progressista (PP) como sendo o partido que realizou toda a negociação de corrupção no escândalo do mensalão, e por ter sido a sigla responsável pelo desvio de 357, 9 milhões de reais, conforme foi noticiado: “janeiro de 2016, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o esquema de corrupção sustentado pelo PP desviou 357,9 milhões de reais dos cofres da estatal, entre 2006 e 2014”

Todavia, é curioso verificar que novamente nos deparamos com o Partido Progressista (PP), e com a presença do deputado alagoano Arthur Lira (PP), atual presidente da Câmara e antigo aliado de Eduardo Cunha (MDB),  preso pela operação lava-jato e responsável pela abertura do impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff. É muito importante não esquecer que: “No dia 4 de setembro de 2015, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou denúncias ao Supremo Tribunal Federal contra o deputado federal Arthur Lira e seu pai, senador Benedito de Lira, por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. Nas denúncias, Janot pede a condenação dos dois pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Durante as investigações, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou, em delação premiada, que repassou R$ 1 milhão, por intermédio do doleiro Alberto Youssef, para a campanha de 2010 ao Senado de Benedito de Lira. O valor, segundo Costa, teria saído da “cota” destinada ao PP no esquema de corrupção e seria decorrente de sobrepreços em contratos da Petrobras. No caso do deputado Arthur Lira, Youssef afirmou, também em delação premiada, que teria pago despesas de campanha do parlamentar em 2010”. (Maiores detalhes na fonte citada abaixo).


#FATO3

O atual presidente Jair Bolsonaro, após dois anos sem filiação a nenhum partido político deverá encontrar abrigo no Partido Progressista (PP). O que isto significa? Que a corrida de bigas no Circo de Roma continua a girar em um eterno retorno sobre si mesmo. O partido responsável pela negociação na lavagem de dinheiro, compra de votos, organização criminosa, e outros crimes associados aos dois maiores escândalos de corrupção do país envolvendo o Partido dos Trabalhadores (PT), abrigará o atual presidente da República. Quem ainda acredita que o atual presidente é uma opção para romper com esse mecanismo diabólico é uma pessoa de má-fé. Antes dele o PT levantava a bandeira da ética na política. A mesma bandeira que foi levantada em 2018, pelo atual presidente Jair Bolsonaro, como opção antipetista e que indubitavelmente cada vez mais se apresenta como um autocrata, envolvido em escândalos de corrupção e aliado do Roberto Jefferson (PTB), ex-deputado federal agente e denunciador e condenado pelos escândalos no mensalão em 2005, como falamos acima. E ainda, o atual presidente é aliado do deputado Arthur Lira (PP). Logo,

*PT = PP = JAIR BOLSONARO*

Você, caro leitor, poderia me perguntar: qual seria a opção para uma terceira via? O presidenciável Ciro Gomes? Ora, meu caro gafanhoto, a corrida de bigas continua a girar em um eterno retorno sobre si mesmo, cito: “O vice-presidente do PDT e candidato à Presidência da República em 2018, Ciro Gomes, anunciou em seu perfil no Twitter a contratação do jornalista e marqueteiro João Santana para a comunicação da sigla”. Isso mesmo, João Cerqueira Santana que já esteve preso pelo envolvimento com lavagem de dinheiro no mensalão e na corrupção da Petrobrás, como já citado acima, sendo responsável pelas “eleições” de ditadores e autocratas, como Hugo Chávez e o ex-presidente de Angola, José Eduardo Santos,  *SERÁ O PRINCIPAL RESPONSÁVEL PELA CAMPANHA PUBLICITÁRIA DE CIRO GOMES*. No entanto, é Ciro que se coloca como sendo uma terceira via possível diante da polarização de um partido corrupto e criminoso como o PT e o não menos corrupto e autoritário presidente Jair Bolsonaro. Enfim,

*CIRO GOMES É UM CAVALO DE TRÓIA*

Dr. Wellington Lima Amorim é professor

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