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MP e Procon vão investigar aumentos recentes do preço de combustíveis em Santa Catarina

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O objetivo é apurar possíveis aumentos abusivos nos preços e garantir transparência nas informações

De um lado, cidadãos questionam aos órgãos de fiscalização e controle a legalidade dos aumentos recentes dos preços dos combustíveis em Santa Catarina. De outro, sindicatos e donos de postos defendem que a elevação de impostos, como o ICMS, e os aumentos repassados pelas distribuidoras seriam os responsáveis pela variação de preço. Para buscar uma solução para o impasse e assegurar transparência nas informações, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 29ª Promotoria de Justiça da Capital, se uniu ao Procon estadual para apurar a real origem dos preços repassados aos consumidores. 

Em uma reunião na tarde desta quarta-feira, 23, na sede do Procon estadual, em Florianópolis, sindicatos e proprietários de postos se comprometeram a fornecer informações ao órgão de defesa do consumidor, de modo a subsidiar a investigação. Distribuidoras também serão notificadas para explicar como funciona o processo de repasse de preços aos estabelecimentos, permitindo que seja verificado o impacto desses repasses sobre o preço final dos produtos. 

“Nosso objetivo não é interferir nos preços nem na margem de lucro dos empreendimentos. Queremos entender por que ocorreram esses aumentos para que possamos esclarecer as muitas demandas dos consumidores. Criamos recentemente um serviço, chamado ZapDenúncia, e desde os últimos aumentos o tema do combustível lidera o volume de reclamações computadas na ferramenta”, explicou a diretora de Relações e Defesa do Consumidor do Procon, Delegada Michele Alves Correa Rebelo.

O titular da 29ª Promotoria de Justiça da Capital, promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto, explica que o MPSC se juntou ao Procon nessa iniciativa por entender que a transparência e o pleno acesso à informação devem ser assegurados aos consumidores. Mendonça Neto revela que o Ministério Público também vem recebendo reclamações dos consumidores em relação ao aumento dos combustíveis, por isso considera fundamental estabelecer uma investigação mais aprofundada em relação às práticas.  

“Nesse primeiro momento a ideia é angariar mais dados para entendermos por que se deu o aumento, o que levou a essa elevação de preços que chega ao consumidor final. Precisamos verificar junto às distribuidoras o valor repassado aos postos e depois analisar se esse aumento foi exagerado. Esse é o objetivo do procedimento que estamos iniciando”, destacou. 


CANOINHAS

De acordo com o levantamento mais recente da Agência Nacional do Petróleo (ANP) o preço médio por litro de gasolina comum no Estado de Santa Catarina chegou a R$ 6,26. O preço médio atual é maior que o de julho deste ano, que era de R$ 6,20.

Em Canoinhas, ainda que o preço médio não supere o do Estado, houve uma oscilação entre os dois últimos levantamentos realizados pela reportagem do JMais. Em junho, o preço médio por litro era de R$ 5,90. Em julho, era de R$ 6,17. O atual preço médio por litro de gasolina no município é de R$ 6,15.

O valor mais em conta para o litro da gasolina comum no município atualmente é de R$ 5,94, que se repete em três dos postos consultados pela reportagem do JMais. Em cinco postos o valor é superior a R$ 6: com R$ 6,08, R$ 6,14, R$ 6,22, R$ 6,47, até chegar ao preço mais alto, de R$ 6,49.

Em relação aos valores por litro da gasolina aditivada, quase todos os postos de combustíveis consultados estão com preços acima dos R$ 6, sendo o mais elevado, R$ 6,64. O valor é R$ 0,10 mais em conta que o mais alto apurado para este tipo de combustível no mês de julho.

Apenas um dos postos de combustíveis consultados cobra menos de R$ 6 por litro de gasolina aditivada, sendo R$ 5,94. Este é um valor que se mantém desde a última apuração.

Quanto ao etanol, dois dos postos consultados não trabalham com esse tipo de combustível. O posto que tem o valor mais em conta por litro de etanol cobra R$ 3,99, e o valor mais elevado atualmente é de R$ 5,30 por litro.