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Eleitos na região sepultam de vez réus da Et Pater Filium e Mensageiro

Imagem:Arquivo

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Esta é uma coluna de opinião. Aqui você vai encontrar notas sobre bastidores da política regional e estadual, além de artigos que expressam a opinião do colunista.

Apontado com “ainda forte”, Beto Passos conseguiu 202 votos para a irmã

DERROTAS E VITÓRIAS

O encerramento da eleição deste ano manda vários recados a classe política. O principal e mais importante é que corruptos confessos ou não que se tornaram réus nas operações Et Pater Filium e Mensageiro levaram um tapa na cara para acordar do sonho da volta por cima que esperavam dar já nesta eleição.

Foi o caso de Beto Passos, que ocupa seu espaço na Rádio Nativa para fazer política, estocando a prefeita Juliana Maciel Hoppe (PL), reeleita com expressivos 52% dos votos. O apoio indireto a Paulo Basilio (MDB) não funcionou, muito menos a sua irmã, Mara Passos (PSB), que somou míseros 206 votos. Em um vídeo postado às vésperas da eleição, Beto pede votos a irmã, que por sua vez, pede votos a Basilio. Se a ligação não estava clara o suficiente… Renato Pike também teve seus apadrinhados na disputa pela Câmara, mas se de fato Jocimar Jubanski se afastou dele ao trocar de partido, nenhum venceu. O MDB tentou jogar nas costas de Juliana um suposto apoio de Pike, tendo como base uma questão até coerente: Pike ao menos era amicíssimo do governador, que chegou a vir a Canoinhas no começo da semana passada prestar apoio a Juliana. Mas batom na cueca como Passos deixou no caso de Basilio não teve.

Em Bela Vista do Toldo, adversários apontaram digitais de Adelmo Alberti na candidatura de Rosiani. Verdade ou não, fato é que seu arquirrival, Carlinhos Schiessl (MDB) levou a melhor. Apesar de responder a um processo desmembrado da Et Pater Filium, Schiessl deixou bem claro o quanto odeia Alberti.

Em Três Barras, Luis Shimoguiri foi às ruas pedir votos para a esposa, Mara Carla Shimoguiri . Não deu certo. Depois de vários mandatos, Carla está fora da Câmara. Com 302 votos, vai ter de se contentar com o posto de suplente do UB.

Em Major Vieira, Edson Schroeder (PP) assumiu a prefeitura jurando devoção a Adilson Lisczkovski, preso na Operação Mensageiro. Parece que o eleitor não esqueceu dessa declaração. O atual prefeito ficou em terceiro lugar.

Ao contrário do que até este articulista chegou a pensar, as operações contra a corrupção estão bem vivas na memória do eleitorado da comarca.






POSIÇÃO CONFORTÁVEL

A segunda maior vitória de Juliana Maciel foi na Câmara de Vereadores. Em 2020, com Beto Passos no auge de sua popularidade e o poder imprescindível de articulação de Pike à época, eles conseguiram eleger seis vereadores. Agora, Juliana fez sete vereadores, uma verdadeira façanha que já faz Juliana sonhar com a Assembleia Legislativa em 2026.





OLHA LÁ

Se Juliana alcançar a Alesc em 2026, Zenilda Lemos (UB) assume sua vaga de olho na eleição de 2028. Com o quarteto esfacelado, Tatiane Carvalho (MDB), que acaba de se consolidar como uma liderança capaz de substituir Paulo Basilio no partido, tem tudo para ser a candidata dos pés-vermelhos a prefeita.





A MAIOR DERROTA

Willian Godoy (PSD) tem tudo para ser o mais desgostoso com essa eleição. Fez 1.088 votos (o quinto mais votado), mas não ficou sequer de suplente. Isso porque o seu PSD perdeu as três cadeiras que tinha na Câmara, outra grande derrota para Beto Passos, já que esse foi o partido pelo qual se elegeu por dois mandatos. Godoy pagou no crédito e no débito, primeiro por ainda ser associado a Beto Passos e segundo por não entender que o partido estava naufragando (ele se elegeria facilmente em qualquer outra sigla) e insistir em ficar ao lado de figuras como Osmar Oleskovicz, outro que pagou o preço pelas ligação com Passos.





RUINS DE VOTOS

Candidatos: Andrey Watzko, Cleverton Durau, Juliana Maciel Hoppe, Paulo Basilio e Samuel Lubke

Impressionante a diferença de votos entre Paulo Basilio (MDB) e os três outros candidatos derrotados. Samuel Lubke (PRTB) e Cleverton Durau (Podemos) sequer se elegeriam se fossem candidatos a vereador. Andrey Watzko (PT) conseguiu encolher a sua votação de 2022, quando fez 3.038 votos. Desta vez foram 1.381 votos.






DERROTA DOS PREFEITOS

Chamou a atenção o fato de os prefeitos de Porto União e Monte Castelo não terem feitos sucessores. Em Porto União, Eliseu Mibach (PSDB) apostou as fichas em Célio Tucano, que perdeu para Dr Juliano. Já em Monte Castelo, Jean Carlos Medeiros apostou na sua ex-secretária Clévia, que perdeu para o ex-prefeito Sirineu Ratochinski que, governará a cidade pela terceira vez.