Como doar para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul? Veja os canais oficiais

quinta-feira, 16

de

maio

de

2024

ACESSE NO 

Como doar para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul? Veja os canais oficiais

Crise de mão de obra no mercado de trabalho

Últimas Notícias

Entenda a realidade do desemprego no Brasil

- Ads -

Assim como a inflação o indicador socioeconômico muito debatido e vigiado é o desemprego. É comum durante a linha do tempo da democracia brasileira o país flertar com índices considerados ruins. Mas o que é considerado uma pessoa desempregada?

Segundo o IBGE, o desemprego se refere as pessoas maiores de 14 anos que não estão trabalhando mas que estejam disponíveis e tentam encontrar um emprego. Ou seja, para ser considerado desempregado, não basta não possuir um emprego. Ex: Uma dona de casa em tempo integral ou um estudante em tempo integral, são considerados fora da força de trabalho.

Tendo isso em mente podemos analisar a realidade do desemprego no Brasil segundo o IBGE:

Fonte: IBGE (2022)

A leitura é que 10,1 milhões de pessoas acima de 14 anos, aptas e disponíveis ao trabalho,  dispostas a procurar um emprego com carteira assinada ou abrir o seu negócio oficialmente; estão desocupadas ou no mercado informal.

Fonte: IBGE (2022)

Ainda pode-se ir um pouco além no recorte dos considerados desocupados e entender um cenário. Se 10,1 milhões de pessoas estão dispostas a assumirem uma vaga de emprego oficial (com carteira assinada), por que na prática há tantas empresas anunciando vagas em aberto?

Faça um teste e observe nas empresas que você conhece e veja se há alguma vaga em aberto sendo divulgada.

É possível chegar a um entendimento ou no mínimo a uma teoria, do porquê isso ocorre. Nesse momento nada mais errado do que as falácias: “isso é culpa das pessoas que não querem trabalhar”, ou de que “as empresas são muito exigentes e não dão chances”. Não há vagas suficiente para todos os considerados desempregados, isso é matemático, mas sempre há vagas em aberto.

O que na verdade existe é uma desconexão entre profissionais disponíveis e tipo de vagas em aberto. É possível afirmar que as empresas de hoje são obrigadas pelo mercado a serem mais competitivas do que 10 anos atrás. São mais ágeis, tecnológicas, robustas, com margens menores e riscos maiores, pois competem globalmente. Mas no Brasil não se percebe na mão-de-obra a mesma dinâmica. Pelo menos não no mesmo volume. Vamos aos pontos que levam a isso:

– Tempo disponibilizado ao trabalho. As pessoas não “querem” mais dedicar muitas horas ao trabalho como a 10 anos atrás. Não há demérito nisso, mas é uma realidade que atinge diretamente os índices e a indisponibilidade para aceitar certas vagas de emprego.

– Falta de propósito profissional. Se prega que profissional de sucesso é o que mais ganha, ao invés do melhor na sua área (fazer o seu melhor).

– Políticas sociais que não incentivam o desenvolvimento profissional. Para ser um incentivo, as transferências diretas de recursos do estado deveriam ter uma contrapartida social e de educação.

– Falta de gestão de pessoas nas empresas. Ao não valorizar o desempenho extraordinário, as empresas “matam” aos poucos os propósitos de possíveis grandes profissionais, contribuindo por essa onda de desânimo com o trabalho e profissões.

– CLT que impossibilita a liberdade econômica do profissional e eleva o custo da mão de obra.

– Falta de capacitação “real”. Todos têm acesso fácil e financeiramente acessível a diversos cursos profissionalizantes, técnicos e graduações. Mas realizar um curso não é necessariamente sinônimo de aprendizado. Isso por falha dos cursos mal preparados e/ou dos estudantes que “fazer por fazer”.

A combinação destes e de outros fatores fazem com que haja essa desconexão. O que as empresas precisam entender é que isso se tornou uma condição de mercado. É histórico e só vai mudar com o tempo, pois envolve um sentimento e vontade conjunta das pessoas. Logo, para conseguir atrair pessoas potenciais, a empresa precisa entender que houve uma reversão do mercado. A empresa que está contratando precisa “vender a sua imagem” aos profissionais, para assim despertar o desejo de se trabalhar naquele local, seja chão de fábrica ou líderes executivos. Depois, deverá aplicar boas práticas de gestão de pessoas para gerar o sentimento de pertencimento.

- Ads -
Olá, gostaria de seguir o JMais no WhatsApp?
JMais no WhatsApp?