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Para secretário de Moisés, imprensa tem de passar pano para o Governo

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Thiago Vieira trata reforma da SC-477 como um favor

NÃO É BEM ASSIM

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COLUNA DE DOMINGO Para o secretário de Infraestrutura de Santa Catarina, Thiago Vieira, imprensa existe para reverenciar o governo – do qual ele participa, claro. Ao confrontar o JMais depois de não ter gostado de uma pergunta, deixou claro que ao visitar Canoinhas esperava confetes e elogios, nada além disso. Só faltou dizer que deveríamos erguer as mãos para o céu e agradecer por sua infinita bondade.

Ora, o governador Carlos Moisés (Republicanos) esteve somente uma vez em Canoinhas antes de quarta-feira, 29. Na ocasião, a imprensa foi colocada a uma boa distância dele e só poderia haver uma pergunta por veículo – cinco no caso. Não houve anúncio de obras nem nada.

Desta vez, como pré-candidato a reeleição, Moisés se deixou entrar em um quebra-queixo, quando repórteres cercam o entrevistado e não há pauta definida, ou seja, está mais exposto.

Se fosse para deixar a redação a fim de festejar o governo, bastava reproduzir os vídeos produzidos pela assessoria do governo, que pintam um lindo Estado cheio de gente feliz, agradecendo por “tantas realizações”. A imprensa política que honra essa sagrada instituição faz entrevistas para confrontar, cobrar contrapontos e expor governantes. Desde que isso seja feito com respeito cabe ao político responder.

No caso de Moisés, cumprir a promessa de refazer a SC-477 é o mínimo que podemos pedir como forma de reaver o que pagamos de impostos ao Estado (só de ICMS, R$ 2,99 bilhões entraram nos cofres do governo de SC em junho). Salvo a compra do Sagrado Coração de Jesus, Moisés não fez nenhum outro investimento na região. Agora, dois dias antes de iniciar o período de vedação de propaganda de governo, ele aparece em Canoinhas liberando Plano Mil (20%, frise-se) e dinheiro para a SC-477. São mais de R$ 100 milhões em investimentos, mas de fato nada foi concretizado. É esperar pra ver se tudo vai mesmo acontecer.

É uma boa soma, mas nada mais do que nos é devido. Aliás, a dívida histórica que repetidos governos têm com Canoinhas e região está longe de ser quitada e não foi Moisés o divisor de águas nesta questão. Fez o que todos os outros fizeram: ignoraram a região por três anos e, às vésperas da eleição, em busca de votos, vem aqui, posa pra fotos e faz inúmeras promessas. Nada de novo, embora ele se coloque como o grande outsider, ao ponto de rejeitar um vice do maior partido do Estado.

Não se trata de querer minar a imagem do governo na região. Só não dá pra dizer que ele tenha feito algo diferente dos outros governos pelo menos em relação à região. O mais grave: seu secretário tem certeza de que fez e faz e que quem discorda merece ouvir palestrinha dele sobre administração. Se vê como uma sumidade no assunto, mas deu por garantida a licitação para março e aparece agora, na véspera de julho com o documento n a mão. É tão bom em administração que, conforme a coluna apurou, sua equipe se esqueceu de algo básico para concluir o projeto de R$ 1 milhão, o que atrasou o lançamento do edital da 477.

Ao bajular Moisés e seus asseclas, o prefeito, vereadores e empresários fazem o correto, afinal, é assim mesmo que se consegue algo para o Município, agora o fato de um membro do governo se achar no direito de tentar intimidar um jornalista mostra como eles veem uma região historicamente esquecida pelo Governo como a de Canoinhas como algo menor.

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