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1899 tem mistério que intriga e prende a atenção

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Criadores de Dark não criaram uma obra-prima, mas tem do que se orgulhar

MISTÉRIO

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Quando Dark acabou, muita gente faturou com o “final descomplicado” explicado em vídeos no YouTube. De fato, a série teve o enredo mais complexo que a Netflix já tinha oferecido aos seus milhões de assinantes até então. O clima sinistro, os cenários intrigantes, os personagens cheios de questões existenciais, por mais que fossem difíceis de serem decifrados, atraíam a audiência. Por mais difícil de ser compreendido, para mim, o final casou com o início, relevando-se alguns furos de algumas temporadas.

Dado o fenômeno Dark, o casal Baran bo Odar e Jantje Friese ganhou carta branca da gigante do streaming para arriscar uma nova história. Eis que surge a boa surpresa 1899. Com clima tão intrigante quanto o de Dark, a série é menos complexa e tem algumas soluções que remetem a alguns chavões da dramaturgia, mas, em geral, tem boas surpresas que levarão o espectador a arrematar os oito episódios em um fim de semana com muita facilidade.

Com um clima de Titanic no ar, o enredo acompanha um grupo de passageiros de um navio que embarcaram na Europa rumo à América. Tem uma gueixa importunada por uma mulher misteriosa; um veterano de guerra atormentado pelas sequelas da guerra; um padre e seu irmão desagradável e por aí vai. A câmera foca, no entanto, em Maura (Emily Beecham), uma médica que fica mais confusa ao passo que começa a questionar os motivos de estar ali. Mais confusa que ela está o capitão do navio, ainda mais quando Eyk (Andreas Pietschmann) recebe um sinal. O Poseidon, navio que desapareceu nas águas do Atlântico há quatro meses, parece estar próximo deles. Em um ímpeto carregado de emoção, ele decide ir ao encontro do navio que era dado por naufragado. É aí que começam os infortúnios dos passageiros do Kerberos.

1899 é uma série de nuances que colocam o espectador em dúvida a todo o momento. Lá estão as pistas falsas de Dark, o clima de mistério que parece prestes a ser revelado a todo o momento e as perguntas que se desdobram do enigma principal. É bom entretenimento, daqueles que há tempos não se vê na Netflix. Talvez, desde Dark.

A propósito, assista o making of da série depois de completar os oito episódios. 1899 usou de tecnologias inéditas a fim de burlar as limitações da pandemia. É prova incontestável de que é na adversidade que se aflora a criatividade.

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