Willian Godoy, contudo, intermediou entrega do partido a secretária do governo Passos

O ROLO DO REPUBLICANOS

O vereador Willian Godoy (PSD) negou a acusação do ex-presidente do Republicanos de Canoinhas, Alex Hoppe, em entrevista à coluna, afirmando que Godoy teria manobrado para tirar o Republicanos dele para entregar ao ex-prefeito Beto Passos.

“O Republicanos entrou em contato comigo me oferecendo estar junto no projeto deles, pela amizade que construí enquanto estava prefeito interino, junto ao governo do Estado e seus dirigentes, mas declinei do convite por estar presidente do PSD Estadual Novas Gerações e estar convicto que o trabalho que estamos fazendo precisa ser continuado. Mas, dado o desinteresse em o partido Republicanos manter a executiva anterior, apresentei a eles a Katia Oleskovicz, ex-secretária de Saúde do meu governo e uma profissional super qualificada, a qual não tinha interesse em estar no PSD, mas gostaria de contribuir em um projeto partidário. Nesse sentido, o Republicanos acatou a indicação e ela deu início a um projeto junto a executiva estadual. Sendo os fatos apresentados pelo Alex, mentirosos e caluniadores para tentar me prejudicar, fato esse que darei o devido encaminhamento jurídico”, afirma o vereador em nota.

Dado o direito à fala ao vereador, fato é que Kátia declinou da presidência do partido, entregando o cargo a um preposto de Beto Passos, seu atual colega de trabalho, Sandro Teixeira, daí a acusação de Alex.

O mandato de Sandro começou no dia 30 de novembro e vai até 15 de dezembro. O porquê de ficar no cargo por apenas 15 dias é um mistério.

ENTREVISTA

Quando a coluna agendou a entrevista com Alex, antes do dia 30 de novembro, por óbvio ele ainda era presidente do Republicanos. Ao conceder a entrevista, ele mesmo revelou que não era mais presidente do partido, fato conhecido pela coluna só então. Pela relevância de suas declarações, a entrevista foi ao ar. Assim que o Republicanos anunciar quem será o presidente depois desse mandato relâmpago de 15 dias, a pessoa será convidada para ser entrevistada pela coluna.

SÉRIE

A série de entrevistas com presidentes de partido encerra na próxima semana. Usando como corte apenas partidos com mais de 100 filiados, faltam somente o PSDB e o PSC, conforme dados da Justiça Eleitoral.

APELO

A professora Silvia Cavalheiro (foto), representando os professores da rede municipal de ensino, usou a tribuna da Câmara nesta segunda-feira, 11, para defender os pleitos da classe. Indiretamente fez uma defesa de Osmar Oleskovicz (PSD), que pouco antes pediu perdão por falar que “só falta bater na prefeita” para ser ouvido.

“O Governo municipal não cumpre o piso nacional do magistério e está gerando mais um precatório para o Município. E está tudo bem.

Não implementou 1/3 de hora atividade de professores de educação infantil em anos iniciais. Trabalhamos quatro horas de graça e está tudo bem.

Ônibus em péssima qualidade, estradas intransitáveis.

Criança com fome no CEI porque tem restrição alimentar, e está tudo bem.

O governo planeja mandar projeto de lei para esta casa de que quer suprimir o direito de mulheres de ter um salário digno. Porque professor merece ter salário digno e esse direito está sendo subtraído das mulheres com este projeto que está vindo para cá”, comparando a fala de Osmar com o tratamento dispensando às professoras.

“O governo quer deixar as escolas apenas com um orientador, independente do número de alunos. Existem pesos e medidas para as coisas, não é usado o mesmo peso e medida. Pega-se uma frase fora de contexto do vereador e se faz girar a roda. Ele usou uma metáfora, usada também pelo presidente do Republicanos na entrevista concedida ao JMais no sábado”, disse fazendo nova referência à polêmica entrevista.

“O presidente do Republicanos (Alex Hoppe) coloca que essa classe de professores esteve nesta Câmara causando algazarra. Isso não aconteceu. Trabalhamos com respeito, mas aí tá tudo bem. Podemos ser chamados de baderneiros. Ele fala que os professores estão tirando o direito de outros servidores de terem aumento salarial. O nosso salário vem do Fundeb. É nosso direito estar na Câmara e reivindicar nossos direitos. Só estamos aqui toda segunda e terça para proteger o nosso Plano de Cargos e Salários, que é uma lei. Não estou tirando o direito de nenhum outro servidor”, protestou. Silvia encerrou chamando a frase de Osmar de infeliz, “mas usou uma figura de linguagem. Agora tirar salário das mulheres, tirar das mulheres o direito de ter um salário melhor, tudo bem. Apoiem os professores, apoiem a educação”, concluiu emocionada.

PORTA NA CARA

Vereadora Tatiane Carvalho (MDB) disse que foi chamada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na quinta passada. “Havia pessoas lá dentro falando da falta de médicos. Mas fui proibida de entrar e fiscalizar. O Município de Canoinhas está gastando cerca de R$ 300 mil por mês com a UPA. Quando não era terceirizada eu conseguia entrar, agora não posso mais. Tive a porta batida na minha cara”, disse indignada.

“Assim como o vereador Osmar vai ter de responder a um procedimento aqui dentro dessa casa, eu vou mandar uma nota de repúdio ao presidente do Republicanos”

Da vereadora Tatiane Carvalho dando equivalência aos dois episódios: a fala de Osmar sobre “bater na prefeita” e a do ex-presidente do Republicanos, marido da prefeita, Alex Hoppe, de “bater na oposição”

PLANO DIRETOR

Em discussão há anos, finalmente nesta segunda, 11, o novo plano diretor de Canoinhas começou a ser apreciado pela Câmara. O uso de solos foi aprovado nesta terça, mas há vários anexos ainda a serem apreciados.

HERMANO

Único governador brasileiro recebido pelo novo presidente da Argentina, Javier Milei, no sábado à noite, véspera da posse, Jorginho Mello (PL) aproveitou o encontro para falar das relações econômicas entre Santa Catarina e o país vizinho. Destacou a mais conhecida, a vinda de argentinos para as praias do Estado ao presenteá-lo com a placa “Javier Milei: também eleito presidente de Canasvieiras”.

Segundo o jornalista Marcelo Lula apurou, Jorginho viajou com recursos próprios para a posse de Milei. Andou o tempo todo ao lado de Jair Bolsonaro.